Investir em Certificados de Recebíveis pode ser uma ótima opção para o médio e longo prazo, mas é preciso saber avaliar um CRA da maneira correta.
Dessa forma, será possível avaliar se esse produto faz sentido na sua estratégia, de acordo com seus objetivos e com seu perfil.
Nesse artigo, entenderemos o que é CRA, como funciona e como podemos investir nele. Então, vamos nessa?
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CRA é a sigla para Certificado de Recebível do Agronegócio que consiste em um título de renda fixa vinculado ao agronegócio.
O agronegócio está relacionado às atividades desenvolvidas pelos fornecedores de sementes, serviços, equipamentos, industrialização e comercialização da produção agropecuária, além da pecuária e agricultura.
Nesse sentido, esses títulos representam direitos creditórios de atividades agrícolas e são emitidos por empresas securitizadoras.
Uma securitizadora é uma empresa não-financeira que adquire créditos a receber, “empacotam” em um título e vendem aos investidores.
Imagine um agricultor que é dono de vários lotes de terra e que deseja usar esse terreno para plantar laranja. Do momento da plantação ao da colheita pode demorar até 1 ano.
Contudo, o agricultor não pode esperar 1 ano para receber o dinheiro das vendas das suas laranjas, pois ele precisa de dinheiro hoje para conseguir realizar essa plantação.
O que ele pode fazer? Ele pode ir a um banco comercial e solicitar um empréstimo ou ele pode ir a uma empresa securitizadora e vender os rendimentos futuros de suas colheitas.
Nesse sentido, o agricultor recebe no presente o valor referente ao lucro futuro de suas colheitas, e a securitizadora transforma esse fluxo futuro em um título lastreado nesses direitos agrícolas.
O investidor, por sua vez, adquire esses Certificados de Recebíveis do Agronegócio em troca de uma taxa de juros adequada.
Os CRAs têm características específicas no que diz respeito a três fatores principais:
- Rentabilidade;
- Risco; e
- Liquidez.
A rentabilidade dos CRAs pode ter como parâmetro uma taxa fixa, a taxa CDI ou o IPCA, que é o índice de inflação.
Como esse título é isento de imposto de renda, sua rentabilidade líquida costuma ser maior que de outros títulos.
O maior risco de um CRA está relacionado às incertezas dos próprios direitos creditórios, como o fracasso da colheita. Além disso, esses títulos não são cobertos pelo FGC.
Contudo, se você fizer uma boa pesquisa, será possível encontrar CRAs com baixo nível de risco e emitido por um emissor confiável.
Além disso, a falta de diversificação na sua carteira implica em mais risco, ainda que o ativo seja considerado “seguro”.
Normalmente, a liquidez de um CRA se dá apenas no vencimento, que costuma ser de médio e longo prazo, ou seja, não é possível resgatar antes.
Por isso, esse título é considerado de liquidez baixa, pois seu resgate não é possível no curtíssimo prazo.
Afinal, o investimento em CRA vale a pena? Na verdade, depende de alguns fatores que foram citados, rentabilidade, risco e liquidez.
Além disso, é preciso verificar se esse título está de acordo com seus objetivos e com seu perfil de risco.
Dessa forma, será possível avaliar com mais propriedade um determinado CRA e decidir se ele vale a pena ou não.
Esse conteúdo não representa recomendação de compra e a decisão de onde investir é inteiramente sua.
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