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Índice de Basileia: o que é e qual sua importância para o sistema.

Como funciona o Índice de Basileia? Leia o artigo e aprenda a calcular.

Artigo escrito por Marcos Moraes em 16 de Março de 2023

Analisar o Índice de Basileia de uma instituição financeira é muito importante para clientes e investidores, tendo em vista que esse índice mede a solvência dos bancos

Portanto, para que possamos analisar esse indicador, precisamos primeiro entender seu conceito e seu funcionamento na prática. 

Nesse artigo, entenderemos o que é Índice de Basileia e qual é sua importância para o sistema bancário. Então, vamos nessa? 

VEJA TAMBÉM: Qual é o melhor banco para investir? Descubra agora! 

O que é Índice de Basileia? 

O Índice de Basileia é um indicador criado para medir a solvência dos bancos, isto é, sua capacidade de honrar seus compromissos. 

Diante do risco de uma corrida bancária por causa de apenas um compromisso que o banco não conseguiu honrar, esse índice se torna importante. 

Para medir esse índice, são levados em consideração o Patrimônio de Referência e o valor dos ativos ponderados pelo risco

Como funciona o Índice de Basileia 

Imagine que você depositou R$ 2500,00 no seu banco, mas descobriu algumas semanas depois que ele não tá conseguindo pagar seus clientes. 

A primeira atitude a ser tomada é retirar seu dinheiro do banco para evitar que você o perca. Contudo, milhares de clientes pensam assim, não só você. 

Para evitar isso, o Comitê de Basileia de Supervisão Bancária, que é um órgão internacional, estabeleceu que os bancos devem ter pelo menos 8% de capital próprio em relação aos seus ativos. 

No caso de um banco, seus ativos são basicamente o dinheiro que ele empresta para seus clientes, e seus passivos são o dinheiro que ele pega emprestado

Em uma situação em que seus devedores fiquem inadimplentes, ele terá um capital suficiente para tranquilizar seus credores sobre sua capacidade de pagamento. 

Contudo, o Banco Central do Brasil estabeleceu uma porcentagem ainda maior, de 11% a 50%, do Índice de Basileia para que os bancos brasileiros cumpram. 

Dessa forma, a solides do nosso sistema bancário fica ainda maior, o que traz segurança para os investidores e clientes. 

Fórmula do Índice de Basileia 

Para calcular o Índice de Basileia, é preciso utilizar a seguinte fórmula: 

IB = PR/RWA

onde:

IB = Índice de Basileia; 

PR = Patrimônio Referencial (ações ordinárias e preferenciais + reserva de lucros + lucros acumulados + capital complementar); e 

RWA = valor dos ativos ponderados pelo risco. 

Se o banco tiver 1000 reais de ativos, deverá ter pelo menos 88 reais (8%) de patrimônio segundo a regra internacional e 110 reais (11%) segundo a regra do Bacen. 

Contudo, não há mais necessidade de se fazer esse cálculo manualmente, pois o Banco Central já disponibiliza essa informação publicamente. 

A seguir, é possível conferir a lista com os Índices de Basileia dos principais bancos do Brasil: 

Como podemos ver, as principais instituições do país têm um índice até maior que o mínimo exigido, que é de 11%. 

Acordo de Basileia 

O primeiro Índice de Basileia surgiu em através de um acordo entre os principais bancos centrais e instituições financeiras ao redor do mundo em 1988. 

Em 2004, surgiu o Acordo de Basileia II, aumentando as exigências para os bancos. Por fim, após a crise bancária de 2008, surgiu o Basileia III em 2010. 

Nesse novo acordo, foram estabelecidos os seguintes critérios: 

  • Maior necessidade de capital; 
  • Buffer de capital adicional; 
  • Maior liquidez requerida; 
  • Limitação da alavancagem; e 
  • Transparência nos relatórios. 

Importância do Índice de Basileia 

Os bancos são fundamentais para o desenvolvimento do país, pois eles fazem a ponte entre quem tem capital sobrando e quem precisa pegar emprestado. 

Nesse sentido, um sistema bancário forte significa um sistema financeiro forte, que é um dos principais motores do nosso crescimento. 

Portanto, garantir a solidez desse sistema é fundamental, e isso acontece através de regras claras e adequadas, como é o Índice de Basileia. 

Além disso, ele pode ser usado largamente por investidores e clientes antes de aplicarem seu dinheiro em instituições bancárias.

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Escrito por Marcos Moraes Especialista em Investimentos

Marcos Vitor é consultor financeiro, economista (UFC), analista CNPI (APIMEC), especialista em investimentos (ANBIMA) e acredita no poder da educação financeira para transformar vidas.

  • Consultor financeiro
  • Economista (UFC)
  • Analista CNPI (n° 3772)
  • Especialista em Investimentos Anbima (CEA)
  • Criptomoedas (NovaDAX)

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