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Investimentos Inteligentes: Estratégias para multiplicar seu patrimônio com segurança e eficiência [Resenha]

Saber investir é muito importante para garantir um futuro tranquilo. Então, Investimentos Inteligentes nos ensina a otimizar esse processo.

Artigo escrito por Marcos Moraes em 08 de Setembro de 2023

Fazer investimentos inteligentes é cada vez mais importante para garantir uma vida financeira mais tranquila e próspera.

O primeiro passo nesse processo é organizar as finanças, livrando-se das dívidas, delimitando um orçamento, e construindo uma reserva de emergência.

Após isso, você precisa conhecer as principais formas de multiplicar seu dinheiro e escolher aquelas que mais se adequam ao seu perfil e aos seus objetivos.

Nesse sentido, Investimentos Inteligentes, livro do educador financeiro Gustavo Cerbasi, tem como proposta facilitar e dar mais qualidade às nossas decisões no mundo dos investimentos.

Nessa obra, o autor nos apresenta as aplicações e os conceitos mais relevantes do mercado que todo investidor precisa conhecer. Então, nesta resenha, vamos conhecer o que Gustavo Cerbasi tem a nos ensinar.

Ficha técnica

  • Título: Investimentos inteligentes
  • Autor: Gustavo Cerbasi
  • Editora: Editora Sextante
  • Data da publicação: 2008
  • Número de páginas: 256

Sobre o autor

Na cidade de Caxias-RS, em abril de 1974, Gustavo Cerbasi nasceu.

Formou-se em Administração Pública na FGV e se especializou em finanças em uma universidade de Nova Iorque.

Anos depois, conseguiu o título de mestre em Administração pela Universidade de Economia e Administração de São Paulo.

investimentos inteligentes Gustavo Cerbasi

Ao longo dos anos, se interessou por educação financeira e investimentos. Esse interesse o levou a escrever 16 livros sobre esses temas, tendo vendido mais de três milhões de exemplares.

O best-seller Casais Inteligentes Enriquecem Juntos deu origem à franquia Até que a Sorte nos Separe, primeira trilogia do cinema brasileiro.

Recentemente, foi eleito pela revista Época como um dos 100 brasileiros mais influentes.

Agora, vamos aprender um pouco com o maior educador financeiro do Brasil.

O que é investimento

Investir é multiplicar, e não somar.

Investir pressupõe o acúmulo de lucros que você obtém, para que, com um patrimônio cada vez maior, você lucre mais.

Se você trabalha muito para pagar a compra de imóveis que não têm bom potencial de valorização, por exemplo, você está simplesmente acumulando patrimônio, em vez de multiplicar.

Por outro lado, se seus imóveis ganham valor com o tempo e você os revende para comprar outros com bom potencial de valorização, está investindo.

Fora isso, uma das principais qualidades de um bom investimento é a possibilidade de investir imediatamente e com boa rentabilidade os resultados obtidos regularmente.

Além da simples conceituação, podemos descobrir o que é investimento através da exclusão daquilo que não é investimento.

O que não é investimento

Gustavo Cerbasi cita vários pensamentos errôneos sobre o que é investimento com o objetivo de nos trazer a definição correta.

Dessa forma, nossa compreensão desse conceito será muito mais sólida e clara e, assim, estaremos aptos a fazer investimentos inteligentes.

1º Caso

Estamos nos casando e decidimos investir em um imóvel de dois quartos para nossa moradia.

A moradia não é um investimento, mas um consumo. O dinheiro consumido em uma moradia não se propõe a ser multiplicado.

Pelo contrário, mesmo que a moradia venha a perder valor com o tempo, isso pouco nos preocupará, se nela estivermos morando com conforto, segurança e felicidade.

Além disso, você não poderá dispor do dinheiro que vale sua casa diante de uma oportunidade de negócio – em outras palavras, a casa própria não lhe proporciona uma boa liquidez.

2º Caso

Investi em dólares há algum tempo, mas não estou ganhando nada; queria saber se devo continuar ou não com as notas em casa.

Dólar não é investimento. Aliás, nenhuma moeda estrangeira é investimento.

Quando muito, comprar moeda estrangeira é uma forma de proteção contra riscos de mudança no câmbio.

Quem decide comprar dólares ou euros pensando em investimento provavelmente fará mau negócio, pois 10 mil euros de hoje continuarão sendo 10 mil euros daqui a alguns anos.

Na verdade, esses euros estarão valendo menos – afinal, até euros sofrem desvalorização em função da inflação nos países em que a moeda é utilizada.

Qualquer cartilha de economia nos ensina que, por mais que uma moeda tenha tendência de se valorizar em relação a outra moeda, essa valorização produz efeitos passageiros.

Isso porque a inflação do país cuja moeda se desvalorizou se encarregará de equiparar o poder de compra das duas moedas.

3º Caso

Ouvi dizer que os financiamentos são caros, por isso resolvi investir em um consórcio, para ter meu carro até o próximo ano.

De investimento, essa alternativa de consumo planejada não tem nada, afinal, não ganhamos dinheiro com consórcio.

Pelo contrário, o bem que queremos adquirir custará mais caro do que se fosse pago à vista.

É verdade que, nos planos de prazos mais longos, optar por um consórcio costuma ser financeiramente mais vantajoso do que contratar um financiamento, em razão dos diferentes mecanismos de remuneração das instituições financeiras.

Contudo, em um financiamento, normalmente sua contratação dá acesso imediato ao item que desejamos comprar.

Enquanto no consórcio, temos que esperar nossa vez de sermos contemplados, ou então ter uma boa reserva financeira para oferecer como lance de antecipação das parcelas.

4º Caso

Investi na economia futura, instalando um kit de gás natural em meu automóvel.

A falta de visão do todo pode fazer com que o barato saia caro.

Muitos se encantam com a ideia de que a redução de despesas mensais merece grandes investimentos, mas esse raciocínio não se aplica a todos os casos.

Comprar equipamentos que consomem menos, ainda que demandem custos elevados, vale a pena quando se percebe que o investimento feito será amortizado em um prazo não muito longo.

Uma grande compra será considerada um investimento principalmente nas situações em que ela pode ser paga em prestações e a economia mensal de consumo é suficiente para pagar as parcelas.

5º Caso

Como não consigo poupar muito por mês, meu gerente me recomendou investir em um título de capitalização.

Títulos de capitalização são um produto oferecido pelos bancos que, diferentemente das demais alternativas para quem tem dinheiro para poupar, não promete pagar juros.

Contrariamente, propõe devolver ao poupador, após o prazo contratado, apenas parte do que ele investiu, corrigido pela inflação, em troca da oportunidade de concorrer a prêmios polpudos durante a vigência do contrato.

É uma espécie de loteria que devolve ao apostador tudo que sobra depois de ratear os custos administrativos, o valor dos prêmios sorteados e o lucro da instituição.

Por essas características, um Título de Capitalização não é investimento.

Obstáculos ao investidor iniciante

No começo, fazer investimentos inteligentes parece uma tarefa muito difícil. E é mesmo!

Afinal, estamos falando de dinheiro, aquilo que teoricamente tudo compra, que nos dá poder, que motiva a corrupção e que todos querem mais, cada vez mais.

No processo de aplicar nossos recursos, recebemos muita informação.

E a maior parte da informação que recebemos, no mundo dos investimentos, pouco agrega às nossas decisões.

Temos que aprender a filtrar. A experiência nos ensina a fazer esse filtro, nos dá autoconfiança e confere agilidade às nossas escolhas.

Mas a experiência também nos ilude, pois o excesso de autoconfiança muitas vezes nos faz esquecer de nos organizarmos, de pensar no longo prazo e de manter a racionalidade nos momentos de incerteza.

A maioria dos casos de investidores inexperientes que se arruinaram deve-se mais ao excesso de autoconfiança do que à falta de informação.

Aliás, Gustavo Cerbasi diz que dinheiro mais autoconfiança é igual a ganância.

Dinheiro + Autoconfiança = Ganância

Para evitar que sejamos confundidos pelo excesso de informações ou tomados pela ganância, temos que nos policiar, refletir e interpretar nossos atos para nos proteger dos erros mais comuns que afligem os investidores iniciantes.

O que não fazer

Ao longo de anos como investidor, Gustavo Cerbasi encontrou alguns erros que são comuns entre os investidores.

Portanto, ele decidiu compartilhar alguns desses erros conosco para que possamos evitá-los.

Ter uma única fonte de renda

O autor fala no livro Investimentos Inteligentes que investir só faz sentido quando é parte de um projeto de vida de longo prazo e/ou quando o dinheiro sobra de maneira consistente.

Se sua família depende de uma única fonte de renda, é natural que os investimentos sejam a última prioridade de vocês.

Isso porque, normalmente não vai sobrar muito dinheiro no final do mês para que seja aplicado em ativos financeiros.

Sim, é possível fazer investimentos inteligentes com pouco dinheiro, mas a família pode se sentir desmotivada diante de retornos pequenos.

Portanto, o ideal é focar no aumento da renda.

É melhor cursar uma especialização, montar um pequeno negócio, cursar um mestrado, cozinhar para fora, escrever um livro ou montar um site de negócios etc.

A segunda renda, ou uma parte significativa dela, poderia ter como destino suas aplicações financeiras, dando mais tranquilidade às finanças da família.

Esperar sobrar dinheiro

Algumas pessoas acreditam que é razoável esperar sobrar algum dinheiro na conta para começar a investir.

O dinheiro que é investido de maneira eventual precisa apenas de uma desculpa eventual para ser desinvestido.

Se realmente se transformar em investimento, terá sido por obra do bom acaso (falta de imprevistos negativos), e não de sacrifício disciplinado.

Será um investimento desprovido do sentimento de construção, que tanto orgulha o construtor. Por isso, a receita que melhor funciona para planos de longo prazo é a regularidade.

Siga um plano para poupar regularmente um valor que saia do seu planejamento financeiro e que você saiba que corresponderá a um tijolo importante de seu grande castelo da fortuna.

Poupar em vez de investir

Poupar com a ilusão de que se está investindo é um equívoco clássico.

Por falta de tempo, conhecimento ou afinidade com o assunto, não damos a devida importância ao que já conquistamos, preferindo nos concentrar totalmente no que ainda não temos.

O autor considera um investimento e seus rendimentos futuros uma conquista antecipada, pois, com o devido controle dos riscos, a probabilidade de atingirmos nossos objetivos é bastante elevada.

Por outro lado, ele não considera a renda que um trabalhador assalariado vai receber nos próximos meses uma conquista, pois diversos motivos podem tirá-lo do emprego.

Nesse sentido, não basta nos privarmos de alguns luxos para podermos economizar mensalmente.

É muito importante que apliquemos esse valor poupado em ativos que multiplicarão nosso dinheiro.

Ter um único investimento

Por mais fortes que sejam as suas convicções em uma empresa, você não pode concentrar todo o seu patrimônio em ações dela. Nem um imóvel comercial ou em uma casa de praia. Muito menos em um negócio próprio.

A mais básica das lições financeiras diz: Nunca ponha todos os seus ovos em uma única cesta. Se ela cair, você perde tudo.

As maiores empresas são fantásticas, mas são administradas por seres humanos que, por sua vez, são falíveis e corruptíveis.

Mesmo uma grande empresa pode quebrar. E isso vale para empresas brasileiras, americanas, suíças, japonesas, angolanas.

Um imóvel comprado na planta pode ter sua obra embargada. Um bom ponto comercial pode se tornar decadente. Uma pequena empresa pode simplesmente não decolar.

Por isso, quando se trata de montar uma estratégia de investimentos inteligentes, não se esqueça de diversificar.

Como fazer Investimentos Inteligentes

Gustavo Cerbasi lista algumas características de um bom investidor que o permitirá fazer investimentos inteligentes. Dentre essas, vamos tratar de uma que é indispensável: a perseverança.

Ele faz uma analogia dos investimentos com a agricultura, pois investir nada mais é do que plantar pés de dinheiro. Por mais que a colheita seja demorada, é um tempo de carinho pela sua riqueza.

Nem todos que plantam conseguem tirar da terra o que esperam. Nem todos obtêm a mesma produtividade de grãos idênticos.

Plantar, simplesmente, não assegura a colheita. Pragas podem atacar a terra, predadores, podem devorar a safra, vândalos podem provocar incêndios e a providência divida por trazer secas e temporais.

O agricultor sabe desses riscos, mas ele não os evita, ele os administra. Sua cartilha diz que, depois da tempestade, vem a bonança.

É o plantar com perseverança que conduz a montanhas de sacas saudáveis na hora da colheita, mesmo que a colheita não seja tão frequente quanto em seus mais inspirados sonhos.

O investidor iniciante deve ter essa disciplina e consistência para que no longo prazo os resultados de suas plantações sejam sólidos.

Não espere ter uma fazenda, um trator potente e uma colheitadeira para começar a plantar.

Dê aos poucos grãos que você tem nas suas mãos a mesma importância que daria a sacas sendo despejadas de um caminhão.

Se tem pouco para investir, comece com o que tem, mas plante com consistência. Desse modo, chegará um dia em que você poderá viver apenas com seus pés de dinheiro.

Avaliação: Investimentos Inteligentes vale a pena?

Sim, com certeza, Investimentos Inteligentes é um livro que vale a pena, principalmente por causa da sua apresentação dos principais investimentos de modo muito objetivo e claro.

Além disso, o autor consegue expressar algumas estratégias de investimentos e exemplos práticos para que possamos entender mais facilmente.

Segundo a avaliação dos leitores: 4.8 estrelas.

Portanto, nós recomendamos a leitura dessa obra, em especial para quem está começando, para que você possa conhecer os principais ativos do mercado.

Nesse sentido, você pode comprar o livro no link a seguir:

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Sobre a editora

A Editora Sextante tem mais de duas décadas de existência, sendo considerada uma das mais importantes e tradicionais editoras do Brasil.

Além disso, ela publica livros de várias áreas diferentes, desde espiritualidade até administração e negócios.

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Escrito por Marcos Moraes Especialista em Investimentos

Marcos Vitor é consultor financeiro, economista (UFC), analista CNPI (APIMEC), especialista em investimentos (ANBIMA) e acredita no poder da educação financeira para transformar vidas.

  • Consultor financeiro
  • Economista (UFC)
  • Analista CNPI (n° 3772)
  • Especialista em Investimentos Anbima (CEA)
  • Criptomoedas (NovaDAX)

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