Livro Como Organizar sua Vida Financeira [Resenha]
Gerenciar as finanças pessoais é fundamental para garantir um vida financeira saudável. Portanto, leia este artigo e assuma o controle da sua vida financeira!
Artigo escrito por Marcos Moraes em 25 de Janeiro de 2024
Para uma vida financeira saudável é preciso, em especial, de planejamento e organização. Por isso, nesta resenha, você vai conhecer os ensinamentos do livro Como organizar sua Vida Financeira.
Esse tema é importante, pois gerenciar o próprio dinheiro não é uma tarefa fácil para quem desconhece o poder do planejamento e da organização pessoal.
Nesse sentido, a educação financeira se mostra fundamental para que possamos manter um equilíbrio em nossas finanças.
Em vista disso, o renomado consultor Gustavo Cerbasi reuniu todos os temas-chave que você precisa conhecer para alcançar esse equilíbrio e planejar um futuro próspero.
Em seu livro Como Organizar sua Vida Financeira, ele apresenta dicas para quem deseja tomar decisões mais conscientes sobre seu dinheiro. E são esses ensinamentos que vamos conhecer agora.
Ficha técnica
- Título: Como organizar sua vida financeira
- Autor: Gustavo Cerbasi
- Editora: Editora Sextante
- Data da publicação: 2009
- Número de páginas: 160
Sobre o autor
Gustavo Cerbasi é um dos maiores consultores financeiros do Brasil, tendo escrito mais de 16 livros que venderam mais de 2,5 milhões de exemplares.
Além de ser graduado em Administração e de ser mestre em Finanças, ele é professor, consultor e palestrante.
Dentre suas obras, o best-seller “Casais Inteligentes Enriquecem Juntos” deu origem aos filmes da franquia “Até que a Sorte nos Separe”.
Ademais, foi eleito pela Revista Época um dos 100 brasileiros mais influentes.
Ao longo de décadas, Gustavo Cerbasi adquiriu o conhecimento que compartilha conosco no livro Como Organizar sua Vida Financeira.
Portanto, vamos conhecer algumas de suas lições!
Organize o uso do seu dinheiro
Gustavo Cerbasi diz em Como Organizar sua Vida Financeira que seu planejamento financeiro familiar não será eficiente se você não tiver equilíbrio orçamentário.
Isso significa gastar menos do que ganha e investir a diferença com regularidade.
Alcançar e manter o equilíbrio do orçamento mês a mês é fundamental para viabilizar a realização de seus sonhos.
Contudo, não basta ter controle das suas finanças.
O ideal é ter conhecimento detalhado de suas despesas mensais e agir de acordo com essa informação, adotando iniciativas que possibilitem uma poupança regular e que dão mais qualidade ao seu consumo.
Uma das formas de fazer isso é através de uma planilha de controle financeiro, que pode ser feita em algum programa eletrônico ou no papel.
Na construção da sua planilha, você deve levar alguns pontos em consideração.
1. Periodicidade de controle
Existem casos em que é preciso fazer um controle com uma periodicidade maior que a mensal.
Por exemplo, aquelas famílias que têm dificuldades, talvez, não devem se planejar mensalmente, pois podem se frustrar.
O ideal é que essas famílias diminuam o espaço para o erro e passem a fazer o controle com uma frequência menor, como a cada 15 dias.
Outro exemplo é quando os membros da família recebem o salário mais de uma vez no mês.
Nesses casos, você pode dividir os gastos de acordo o recebimento da sua renda para que você não deixe de pagar nenhuma conta por falta de dinheiro na primeira parte do mês.
2. Relação das receitas
No seu planejamento, as diferentes fontes de renda da família devem ser discriminadas, incluindo os ganhos extras.
Receitas não tributadas também devem ser lançadas, bem como a de pequenas vendas de bens, caixinhas/gorjetas e presentes em dinheiro.
Não devem ser esquecidos também os pagamentos de 13º salário, férias, bônus e outras gratificações.
3. Receita líquida no período
É a ‘sobra' de recursos disponíveis após descontar, do seu salário, os impostos na fonte, as contribuições sindicais, as contribuições para cooperativas, planos de pensão empresariais e outros abatimentos sobre os quais você não tem escolha.
É importante levar isso em consideração porque todas as decisões de sua família decorrerão de seus ganhos líquidos, após pagar todos os impostos e de serem computados todos os descontos.
4. Relação das despesas fixas
Neste campo são relacionados todos os gastos que se repetirão em seu orçamento durante mais de três meses ou, então, gastos pontuais que se repetem periodicamente, como IPVA, IPTU e anuidades.
Uma técnica que permite visualizar melhor as características de seu consumo é classificar as contas de gastos dentro de grupos de consumo, como:
- Despesas com habitação, saúde, transporte, pessoais, educação, lazer e outras.
Essa é apenas uma sugestão. Sendo assim, fique à vontade para alterar a lista de acordo com sua conveniência e interpretação pessoal.
5. Relação das despesas eventuais
Você pode adotar três critérios alternativos para suas despesas eventuais:
- Os gastos não planejados;
- Os gastos que são relevantes e que ocorrem em um ou em poucos meses do ano; ou
- Somar os dois critérios acima.
Esse é um dos campos mais importantes do orçamento.
As informações aqui contidas permitirão antecipar a detecção de picos de consumo e ajustar antecipadamente os gastos fixos e mensais para comportá-los.
6. Saldo disponível
Ao subtrair da renda líquida familiar as despesas fixas e variáveis, você terá seu saldo disponível.
A partir dele, serão tomadas decisões para a realização de sonhos futuros, com o direcionamento desse saldo para aplicações financeiras.
Nesse sentido, o dinheiro que não será usado agora deve permanecer fermentando e multiplicando no banco ou em outros investimentos de sua preferência.
Quem opta por conduzir seu planejamento com metas específicas de poupança terá, no campo do saldo disponível, o medidor da eficiência do seu projeto pessoal.
7. Aplicações financeiras
Aqui deverão constar suas contribuições mensais para seus objetivos de poupança e de consumo de médio prazo.
Por enquanto, estamos tratando os investimentos da mesma maneira que as despesas, pois nos concentramos somente nas movimentações que saem de sua renda mensal.
8. Sobra de caixa
A sobra de caixa é o grande medidor do sucesso de seu orçamento no mês.
Se suas escolhas de consumo e de poupança estão todas lançadas no plano financeiro e o campo “sobra de caixa” não entrou no negativo, ou seja, não se transformou em falta de caixa, parabéns!
Mais um mês de vitória financeira!
O objetivo não é ter sobras de caixa consideráveis, mas, sim, zerar esse campo.
Afinal, para chegar a ele, você já terá decidido quanto poupar e quanto gastar no mês.
Constatar que sobrou caixa no fim do mês significa que você não soube nem gastar nem poupar bem o seu dinheiro.
Utilize seu orçamento com inteligência
Como foi dito, listar seus gastos, por si só, ajuda pouca coisa.
A prática do orçamento doméstico consiste em, pelo menos, oito atividades:
- Ter disciplina para registrar ou guardar comprovantes de gastos;
- Organizar os gastos para ter uma clara noção de seu padrão de consumo;
- Comparar a evolução do padrão de consumo ao longo do tempo;
- Refletir sobre a qualidade de suas escolhas;
- Estipular alterações no padrão de consumo, visando obter mais qualidade;
- Policiar suas novas escolhas para garantir que sejam praticadas;
- Estimar as consequências de suas escolhas, como o patrimônio ou a poupança formada ao final do ano;
- Usar o orçamento atual como base para simular situações extremas, como perda da renda ou recebimento de um grande valor em dinheiro.
Para que seu orçamento seja realmente eficaz e lhe traga os resultados esperados, o autor sugere que as seguintes ações sejam incluídas.
Dedique tempo à construção da planilha de gastos. Mesmo depois de pronta, faça algumas simulações para descobrir possíveis ajustes a serem feitos.
Procure ordenar os gastos dentro de cada grupo a que pertencem, na ordem cronológica em que as contas são pagas.
Revise periodicamente sua planilha, para que o aprendizado cotidiano seja agregado a seu modelo de controle.
Enquanto estiver montando sua primeira planilha, não esqueça de registrar os gastos quando ocorrem.
Evite controlar os gastos diariamente. Além de perda de tempo, você pode se desmotivar caso não consiga manter esse hábito durante alguma semana.
O ideal é fazer esse controle semanal ou quinzenalmente.
Reúna a família para discutir quais gastos são prioritários e monte um ranking de todos os gastos.
Esse ranking vai ajudar você a saber quais despesas cortar em caso de necessidade.
Como usar o crédito a seu favor
Para quem acredita que o cuidado de nossas finanças pessoais se limita aos gastos e aos investimentos, cabe um importante alerta: nada é mais importante em sua vida financeira do que seu crédito.
Graças ao crédito, vivemos em lares melhores do que os que construiríamos com nosso próprio suor, pois podemos comprá-los de empresas que usam capital e tecnologias caras para construí-los.
Numa visão mais ampla, o crédito nos permite contratar planos de saúde, que, por sua vez, asseguram que seremos atendidos em caso de emergência, por mais grave que seja. Depois se discute se devemos algo para alguém ou não.
Quanto mais bem avaliado for nosso crédito, mais limites teremos no cheque especial e no cartão de crédito, mais baratos serão nossos juros e menos tarifas pagaremos.
Não é difícil entender o conceito de crédito. Basicamente, você deve fazer os outros acreditarem que você tem a vida financeira equilibrada.
Instituições financeiras lucram em cima das dificuldades de seus clientes, mas clientes com problemas lhe consomem recursos e dão trabalho para serem administrados.
Na verdade, os melhores clientes dos bancos são os que menos precisam de seus serviços, pois são clientes que apresentam comportamento mais previsível.
Investem regularmente, só assumem financiamentos que conseguem pagar facilmente, não usma o limite do cheque especial e gastam todos os meses no cartão de crédito valores elevados e que oscilam pouco.
Portanto, seu desafio é convencer seu banco de que você é um bom cliente ou, se ainda não for, que está no caminho certo para se tornar um em poucos anos.
Isso envolve apresentar um bom histórico de uso de crédito, um saldo crescente em investimentos, estabilidade na carreira, evolução em sua renda e formação profissional e pontualidade no pagamento de seus compromissos.
Então, busque aprender formas de melhorar seu score de crédito.
Erros comuns em seu crédito pessoal
No livro Como Organizar sua Vida Financeira, o autor cita alguns hábitos comuns no mundo do crédito que prejudicam o nome dos consumidores e tornam o acesso aos produtos de crédito mais caro e difícil:
- Evitar o uso do crédito;
- Ceder nome a terceiros;
- Emprestar dinheiro a parentes e amigos;
- Decidir por impulso;
- Não pesquisar alternativas;
- Não ler contratos;
- Desfrutar do cheque especial;
- Usar o rotativo do cartão de crédito;
- Permitir o acúmulo de dívidas; e
- Esperar caducar uma dívida.
Tenha uma vida financeira segura
A partir do momento em que conquistamos um grau razoável de equilíbrio em nossas finanças, que nos permite desfrutar de uma prazerosa sensação de segurança, nossa reação natural é nos preocuparmos com a continuidade desse estado.
Esse sentimento se fortalece nos casos em que mais pessoas dependem da nossa renda.
Por esse motivo, muitas famílias começam a economizar dinheiro e a planejar o futuro a partir do momento em que seus provedores atingirem uma estabilidade em suas carreiras e em sua renda.
A construção de um futuro abastado depende de sobras no orçamento. As sobras no orçamento dependem de disciplina no uso de sua renda.
A renda, porém, depende de estabilidade em seu emprego, em sua saúde, em sua condição emocional e em seu patrimônio, entre outros.
Nesse sentido, Gustavo Cerbasi nos dá algumas dicas para aumentar nossa proteção, focando nos fatores: renda e patrimônio.
Iniciativas para assegurar a renda
Primeiro, busque estabilidade profissional. O aprimoramento constante de habilidades técnicas e pessoais é questão de sobrevivência para quem optou por trabalhar no mercado tradicional.
Diversifique sua carteira. Autônomos e profissionais liberais não podem se dar ao luxo de ter um pequeno número de clientes apenas.
Seguros profissionais. É importante se proteger também contra a inatividade. Principalmente, para aqueles que não conseguem trabalhar em caso de imobilização de membros ou falta de voz.
Cuide de sua saúde. O fato de estar coberto por um seguro não significa que você deve contar com ele e negligenciar a prevenção.
Múltiplas fontes de renda. Depender de uma única fonte de renda, por melhor que seja, é sinônimo de insegurança constante.
Crie rendas passivas. Ache formas de ganhar dinheiro mesmo sem estar exercendo o esforço de uma atividade.
Iniciativas para assegurar o patrimônio
Viva um degrau abaixo. Quem vive em uma estrutura de vida em pouco mais simples do que a maioria das pessoas escolheria viver, terá como poupar e gastar com pequenos luxos, tornando seu risco financeiro bem menor.
Plano B. Tenha sempre uma alternativa em caso de imprevistos profissionais ou de uma grande perda patrimonial.
Diversifique sua carteira. Concentrar suas reservas em uma única aplicação é uma atitude temerária, por si só.
Bom assessoramento. Nada melhor que um especialista da área que é capacitado para te orientar em suas decisões de investimento.
Comece a organizar sua vida financeira
O livro Como Organizar sua Vida Financeira é um manual completo demais para ser resumido em um artigo.
Contudo, buscamos separar alguns pontos principais que te ajudarão no seu plano financeiro e no ajuste do seu orçamento.
Então, coloque essas dicas em prática para que você tenha suas finanças muito mais organizadas e saudáveis.
Por fim, recomendamos que você leia o livro e, dessa forma, você terá um conhecimento muito mais profundo e completo.
Avaliação: Como Organizar sua Vida Financeira vale a pena?
Sem dúvida, Como Organizar sua Vida Financeira é um dos livros mais completos para quem deseja construir um planejamento das suas finanças.
Além disso, por meio dele você será capaz de organizar e colocar em prática um orçamento que te permitirá alcançar seus objetivos e metas.
Então, sim, esse livro vale muito a pena.
Segundo a avaliação dos leitores: 4.7 estrelas.
Portanto, nós recomendamos a leitura dessa obra, principalmente para aqueles que têm dificuldade de colocar suas finanças em dia.
Nesse sentido, você pode comprar o livro no link a seguir:
Sobre a editora
A Editora Sextante foi fundada em 1988 e se tornou uma das mais tradicionais do Brasil ao longo dos anos, com a publicação de várias obras sobre diversos temas.
Dentre os livros de finanças e investimentos da Editora Sextante, podemos citar:
- Os Segredos da Mente Milionária;
- Me Poupe;
- Casais Inteligentes Enriquecem Juntos; e
- O Investidor de Bom Senso.
Além dessas, existem dezenas de outras obras, desde política até espiritualidade.
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Escrito por Marcos Moraes Especialista em Investimentos
Marcos Vitor é consultor financeiro, economista (UFC), analista CNPI (APIMEC), especialista em investimentos (ANBIMA) e acredita no poder da educação financeira para transformar vidas.
- Consultor financeiro
- Economista (UFC)
- Analista CNPI (n° 3772)
- Especialista em Investimentos Anbima (CEA)
- Criptomoedas (NovaDAX)