O teto do INSS, ou teto previdenciário, é o valor máximo que um beneficiário pode receber da Previdência Social.
Ele serve como um limite máximo para benefícios como aposentadoria, auxílio-doença e pensão por morte, entre outros.
A cada ano, o INSS corrige o valor dos benefícios com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Em, 2024, a correção pelo índice foi de 4,77% e vale desde o dia 1º de janeiro de 2025.
Assim, com o salário mínimo no valor de R$ 1.518, o do teto do INSS em 2025 ficou em R$ 8.157,41.
Para efeitos de comparação, em 2024, o teto do INSS foi fixado em R$ 7.786,02. Já em 2023, foi de R$ 7.507,49.
O valor do teto do INSS é ajustado com base no INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), calculado pelo IBGE, que em 2024 fechou com alta de 4,77%.
O reajuste é aplicado para que o poder de compra do beneficiário seja mantido, mesmo com a inflação e alta dos preços dos produtos, serviços e outros bens de consumo.
Além disso, o INSS leva em consideração o valor do salário mínimo, uma vez que os salários de benefício e de contribuição não poderão ser inferiores a R$ 1.518, nem superiores a R$ 8.157,41.
Tabela do INSS 2025
Confira a seguir a tabela com os valores do INSS para o ano de 2025:
Salário de Contribuições
Alíquota
Parcela a deduzir do INSS
Até R$ 1.518
7,5%
R$ 0,00
De R$ 1.518,01 a R$ 2.793,88
9%
R$ 22,77
De R$ 2.793,89 a R$ 4.190,83
12%
R$ 106,59
De R$ 4.190,84 a R$ 8.157,41
14%
R$ 190,40
Fonte: INSS
Tabela do teto do INSS nos últimos anos
Confira abaixo o histórico dos reajustes do teto do INSS e do salário mínimo desde 1995.
Ano
Valor do salário mínimo
Valor do teto
Porcentagem do reajuste
2025
R$ 1.518
R$ 8.157,41
4,77%
2024
R$ 1.1412
R$ 7.786,02
3,71%
2023
R$1.302
R$ 7.507,49
8,9%
2022
R$1.212
R$7.087,22
10,18%
2021
R$1.100
R$6.433,57
5,26%
2020
R$1.039 (reajuste em março para R$1.045)
R$6.101,06
4,11% (reajuste em março de 0,58%)
2019
R$998
R$5.839,45
4,61%
2018
R$954
R$5.645,80
1,81%
2017
R$937
5.531,31
6,48%
2016
R$880
R$5.189,82
11,68%
2015
R$ 788,00
R$ 4.663,75
8,84%
2014
R$ 724,00
R$ 4.390,24
6,78%
2013
R$ 678,00
R$ 4.159,00
9,00%
2012
R$ 622,00
R$ 3.916,20
14,13%
2011
R$ 540,00 (reajuste em março para R$ 545,00)
R$ 3.689,66 (reajuste em março para R$ 3691,74)
5,88% (reajuste em março de 0,93%)
2010
R$ 510,00
R$ 3.416,24
9,68%
2009
R$ 465,00
R$ 3.218,90
12,05%
2008
R$ 415,00
R$ 3.038,99
9,21%
2007
R$ 380,00
R$ 2.894,28
8,57%
2006
R$ 350,00
R$ 2801,56
16,67%
2005
R$ 300,00
R$ 2668,15
15,38%
2004
R$ 260,00
R$ 2.400.00
8,33%
2003
R$ 240,00
R$ 1.869.34
20,00%
2002
R$ 200,00
R$ 1.561.56
11,11%
2001
R$ 180,00
R$ 1.430.00
19,21%
2000
R$ 151,00
R$ 1.328.25
11,03%
1999
R$ 136,00
R$ 1.255.32
4.62%
1998
R$ 130,00
R$ 1.081.50
8,33%
1997
R$ 120,00
R$ 1.031.87
7,14%
1996
R$ 112,00
R$ 957.56
12.00%
1995
R$ 100,00
R$ 832.66
42.86%
Tabela do INSS a partir de 1995
Quanto é preciso contribuir para receber o teto do INSS?
O valor que você recebe do INSS pode variar de acordo com seu tipo de aposentadoria ou com o tipo de benefício que você participa.
Cada um possui requisitos diferentes, regras, cálculos diferentes e algumas outras questões que podem mudar de valor de um para outro, como por exemplo:
Divisor mínimo;
Fator previdenciário;
Idade;
Média do salário;
Categoria da aposentadoria;
Tempo de contribuição.
Impacto da reforma da previdência no teto do INSS
Antes da reforma previdenciária (2019 para trás), o cálculo para estabelecer o valor a receber era feito sobre todos os salários por tempo de contribuição e depois tirava 20% dos salários menores.
Depois de 2019, esse cálculo leva em consideração esses salários menores. Assim, ficou mais difícil alcançar o teto do INSS.
Veja um simples exemplo abaixo para entender melhor:
Vamos levar em conta 10 salários:
R$2.500,00;
R$2.500,00;
R$2.500,00;
R$2.500,00;
R$2.500,00;
R$2.300,00;
R$2.300,00;
R$2.300,00;
R$2.000,00;
R$2.000,00.
Antes da reforma, para calcular o que o beneficiário iria receber, o salário 9 e 10 não eram levados em conta, então bastava somar o salário de 1 até 8 e dividir por 8 no final. Como resultado, você receberia: R$2.425,00.
Com a Reforma, esses dois últimos salários são levados em conta. Então, basta somar os 10 salários e dividir o resultado por 10 no final. Assim, você receberia: R$2.340,00.
Com base no que mostramos acima, para receber o valor aproximado do teto do INSS é preciso ter o salário próximo ou maior que o valor do teto.
Assim, ao fazer o cálculo, a base de contribuições não abaixará tanto. Então, se você recebe, R$10 mil, por exemplo, e está próximo de aposentar, há grandes chances de receber o teto do INSS.
Outra opção é em casos de segurado facultativo, em que por opção o contribuinte paga o valor máximo de contribuição.
Então, por exemplo, os Microempreendedores Individuais (MEI‘s) contribuem com 5% do salário mínimo para a previdência, porém, caso queiram receber o teto do INSS, eles contribuem com 20% do valor do teto.
Vejamos as duas formas para chegar mais perto do valor do teto do INSS:
Período Base de Cálculo (PBC)
Para quem entrou com o pedido de aposentadoria a partir de 2019 terá o PBC calculado sobre a média de todas as contribuições desde julho de 1994.
Ou seja, não há mais o descarte dos 20% salários menores no cálculo do benefício. Isso significa que para receber o valor do teto anual do INSS, preciso ter a maioria das contribuições no valor máximo.
Porém, algumas aposentadorias possuem um redutor após feito o PBC e os requisitos variam de acordo com o gênero do beneficiário. Confira:
Homens: 60% da média de todos os salários desde julho de 1994 + 2% por ano de contribuição, acima de 20 anos. Para conseguir 100% do valor, a contribuição obrigatória é de 40 anos.
Mulheres: 60% da média de todos os salários desde julho de 1994 + 2% ao ano de contribuição, acima de 15 anos. Para obter 100% do valor, a contribuição obrigatória é de 35 anos.
Por tipo de segurado
Empregado, empregado doméstico, e trabalhador avulso: Eles se enquadram na categoria de segurados obrigatórios. Devendo contribuir de acordo com a alíquota obrigatória.
Contribuinte individual: Recolhe 20% em cima de um valor entre o piso salarial e o teto do INSS, tendo direito a uma aposentadoria baseada nos seus salários de contribuição.
Microempreendedores Individuais (MEIs): contribuem com 5% do salário mínimo, porém podem complementar, contribuindo com 20% sobre o teto, para ter direito a receber o valor máximo.
Segurado facultativo: pode recolher a alíquota de 11% sobre o valor do salário mínimo, ou em caso de baixa renda, alíquota de 5% sobre o valor do salário mínimo.
Segurado especial
Este tipo de segurado não contribuem diretamente para o INSS, eles deve contribuir com uma porcentagem do valor dos produtos vendidos, tendo desconto na nota fiscal da própria venda realizada.
Quanto contribui quem ganha mais que o teto do INSS?
Para quem recebe qualquer valor acima do teto do INSS, o cálculo de quantos por cento deve contribuir deve seguir o quadro de contribuição de acordo com o salário.
Então, mesmo que você receba R$30 mil de renda, por exemplo, você só poderá contribuir com 20% do valor do teto do INSS, que atualmente equivale a R$1631.48.
Depois, selecione a opção “Simular Aposentadoria” e ao entrar, será mostrado os tipos de aposentadoria, regras e seu tempo de contribuição.
Vale lembrar que essa simulação é feita com base nos seus dados do CNIS, então, se alguma informação estiver desatualizada por lá, o valor pode ser diferente.
Por enquanto, essa previsão só é possível de ser feita por quem começou a contribuir a partir de novembro de 2019.
Além disso, dentro da própria simulação é possível editar os dados apresentados lá e até adicionar um tempo de contribuição que não consta lá, por exemplo.
Como funciona a contribuição por tipos de segurado?
Se você quer saber como receber o teto do INSS, saiba que existe basicamente dois tipos de segurados do INSS quando o assunto é aposentadoria: obrigatório e facultativo (opcional).
Segurados obrigatórios
O segurado obrigatório é aquela pessoa que possui algum tipo de vínculo trabalhista e recebe um salário por isso, e por conta disso, ele contribui para o INSS de forma obrigatória – no caso, a empresa desconta o valor direto da folha de pagamento. São eles:
É segurado facultativo aquele que tem pelo menos 16 anos e não possui nenhum vínculo empregatício, mas quer contribuir e receber os benefícios do INSS para futuramente ter acesso acima do piso do INSS previdência social.
Nesse caso, o contribuinte paga o valor de 20% de algum dos valores entre o piso e o teto do INSS. Esse grupo contribui emitindo e pagando a GPS.
Então, vamos supor que um estudante queira futuramente receber o valor máximo do INSS, então ele terá que contribuir mensalmente com o teto do INSS que atualmente é de R$ 8.157,41. Nesse caso, sua contribuição de todos os meses será de 20% desse valor – que dá R$1.631,48.
Como receber mais que o teto na aposentadoria?
Por conta de todo esse cenário da reforma que explicamos acima, talvez seja mais complicado que um beneficiário receba o valor do teto do INSS hoje em dia.
Porém, se você percebe que nem todas as suas contribuições estão sendo levadas em conta para calcular o valor do benefício, você pode recorrer a revisão de aposentadoria.
Assim, o INSS irá revisar todas as suas contribuições e se necessário, refazer o cálculo.
Mas atenção, caso o instituto identifique que você pode estar recebendo mais do que sua contribuição, o valor também pode diminuir.
Então, antes de fazer essa solicitação consulte um especialista primeiro. Veja as opções:
Revisão de fato
Durante o processo de concessão da aposentadoria, é possível que o INSS não tenha considerado alguns vínculos de trabalho e descartando contribuições do cálculo final, resultando em erro de cálculo da sua Renda Mensal Inicial (RMI).
Se você percebeu que este é o seu caso, é possível pedir uma revisão do benefício, na qual o INSS irá reavaliar os períodos de contribuição e constatar se deve haver um aumento nos valores.
Revisão de direito
Algumas teses jurídicas podem ser utilizadas para a revisão por direito do benefício, por exemplo, a Revisão da Vida Toda ou Revisão do Buraco Negro.
Este modelo de revisão ocorre pelo Poder Judiciário, sendo fundamental que você realize uma consulta previdenciária com um advogado e ter o acompanhamento correto.
Previdência privada
Uma saída para não depender exclusivamente do INSS é optar pela previdência privada. Assim, você mesmo consegue definir quanto contribuirá e quanto receberá.
Muitos adotam algumas estratégias de investimento para aposentadoria também, o que pode ser bem interessante também, já que o dinheiro fica rendendo por muitos anos.
Perguntas frequentes sobre o assunto
Qual é o teto máximo do INSS atualmente?
Em 2025, o valor do teto do INSS está fixado em R$ 8.157,41.
Qual o máximo que posso contribuir para o INSS?
Cada categoria possui sua alíquota de contribuição que varia de acordo com o salário recebido.
Se você não se encaixa no quadro de segurado obrigatório, é possível contribuir com 20% dos valores entre o piso (salário mínimo) e o teto do INSS.
Como calcular o valor a receber do teto do INSS?
O valor a ser recebido como aposentadoria vai variar com o valor de contribuição. Com base nisso é possível calcular o valor.
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