Existem alguns conceitos importantes para quem quer investir. Um deles é o conceito de liquidez. Apesar de poder ser aplicado em diversos contextos, quando se fala em uma carteira diversificada, ele é extremamente importante.
Porém, muitos começam ou investem por muito tempo sem dar o devido valor para esse conceito e, com isso, correm riscos que podem ser diminuídos se levarem em conta esse conceito ao escolher seus ativos.
Por isso, preparamos esse artigo para explicar o que é liquidez, quais os seus tipos e como ela se aplica aos investimentos.
Quer saber mais sobre o assunto e diminuir o risco de seus investimentos?
Continue lendo o artigo.
Todo investidor busca um ativo para fazer o seu patrimônio crescer e, quando chegar o dia planejado, transformar o ativo em dinheiro para usar da forma como quiser. É nessa situação que o conceito de liquidez é importante.
Ele se refere à capacidade de um investimento ser transformado em dinheiro para ser utilizado pelo investidor.
Assim, um investimento de alta liquidez indica que ele é convertível em dinheiro de maneira rápida e por preços muito próximos ao de mercado. Por exemplo, poupança, ações, fundos imobiliários, podem ser ativos com boa liquidez.
Ao contrário, um investimento de baixa liquidez indica uma dificuldade de transformá-lo em dinheiro pelo seu valor de mercado de maneira rápida. Aqui encontram-se os imóveis, por exemplo.
Normalmente, as instituições financeiras indicam a facilidade de um ativo se transformar em dinheiro com a sigla D+. Por exemplo, um ativo D+2 indica que, após o dia do resgate (D) o ativo estará pronto para ser resgatado em dois dias.
Diante disso, fica evidente que a liquidez é um fator importante para o investidor na hora de escolher seu ativo conforme o seu objetivo.
A liquidez sempre se refere à facilidade de transformar um ativo em dinheiro. Porém, existem alguns tipos que, em resumo, tem suas diferenças no prazo para que isso aconteça.
Entendendo isso, a sua escolha de ativo para compor sua carteira de investimentos será mais assertiva.
Sendo assim, confira os tipos, suas características e quais os investimentos se enquadram em cada um.
Esse tipo indica que o ativo pode ser vendido ou resgatado a qualquer momento, sendo o recurso disponibilizado dentro de um prazo de, normalmente, 24 horas.
Investimentos com liquidez diária são comumente de baixo risco, como a Poupança e alguns títulos de Renda Fixa, como o Tesouro Selic ou CDBs de liquidez diária.
É importante destacar que, apesar de ter liquidez diária, o ativo tem uma data de vencimento, em que o valor será liquidado e enviado ao investidor.
Investimentos com essa característica são excelentes para a construção de uma reserva de emergência. Isso porque caso aconteça algum imprevisto, você conseguirá usar o recurso de maneira rápida.
Por fim, um aspecto importante é sempre analisar as regras, taxas e custos do investimento, para garantir que você realizará suas operações conhecendo o ativo.
Conheça agora alguns investimentos com liquidez diária:
A liquidez no vencimento indica que só será possível resgatar o valor investido com a rentabilidade esperada no prazo estabelecido. Ou seja, o dinheiro fica preso até o dia do vencimento do título.
Caso o investidor queira retirar o dinheiro antes, ainda é possível, porém ao retirar ele não terá a rentabilidade combinada na compra do título.
Existem títulos que possuem essa característica com diferentes prazos para a liquidação. Ou seja, é possível encontrar investimentos de curto, médio e longo prazo que possuem liquidez no vencimento.
Alguns investimentos dessa categoria são:
Até aqui explicamos o que é liquidez, qual seus tipos e quais os ativos que se enquadram neles. Agora, você pode estar se perguntando: qual a relação desse conceito com os meus investimentos?
É isso que iremos explicar agora. Apesar de não parecer, esses dois assuntos estão muito ligados e são fundamentais para uma carteira de investimentos adequada aos seus objetivos.
Em primeiro lugar, a liquidez do investimento se relaciona com o objetivo que o investidor tem com ele. Por exemplo, um investidor tem dois objetivos principais: trocar de carro e se aposentar. O primeiro, ele quer realizar em dois anos, o segundo em trinta anos.
Com isso em mente, ele pode encontrar títulos ou investimentos que não possuem liquidez diária, mas sim no vencimento com o prazo de dois ou trinta anos.
Agora, se o seu objetivo é construir uma reserva de emergência para ter um valor que será usado em situações inesperadas e emergenciais, o investimento precisa ser em algum ativo fácil de ser convertido em dinheiro.
A liquidez também se relaciona com a rentabilidade do investimento. Normalmente, os investimentos com liquidez diária rendem muito menos do que os investimentos com liquidez no vencimento.
Isso porque quando se trata de um investimento líquido no vencimento, a instituição financeira sabe por quanto seu dinheiro ficará investido, ela poderá usá-lo em suas operações e oferecer uma rentabilidade maior para o investidor.
Esse conceito se refere à possibilidade de o investidor não conseguir reaver o dinheiro investido com rapidez em um momento em que ele precisa.
Ou seja, esse risco está relacionado com a venda do ativo e sua transformação em recursos que possam ser utilizados pelo investidor.
Existem alguns ativos que apresentam um alto risco de liquidez. Isso não quer dizer que você não possa investir neles, mas que deve adotar estratégias para mitigar esse risco. Confira quais são esses ativos:
Com uma estratégia bem estruturada e uma análise correta do seu perfil de investidor, é possível construir uma carteira de investimentos que irá mitigar esse risco, trazendo mais tranquilidade para o investidor.
Ou seja, não é porque um ativo possui alto risco de liquidez que ele não possa ser adicionado a sua carteira. Mas isso deve ser feito de maneira consciente.
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