CDB ou Tesouro Direto Selic: qual é o melhor investimento?
Dentre os principais títulos de renda fixa, qual é a melhor opção: CDB que rende 100% do CDI ou o Tesouro Selic? Leia o artigo e confira!
Artigo escrito por Marcos Moraes em 08 de Maio de 2024
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O que é um CDB?
- Pré-fixada: nesse tipo de rentabilidade, a taxa de retorno é determinada no momento da aplicação e permanece fixa durante todo o período de investimento, independentemente das variações do mercado. Isso proporciona previsibilidade ao investidor, pois ele sabe exatamente quanto receberá no vencimento do CDB.
- Pós-fixada: a rentabilidade está atrelada a um indicador do mercado financeiro, como o CDI (Certificado de Depósito Interbancário) ou a taxa Selic. A remuneração é calculada ao longo do período de investimento, com base na variação desse indicador. Portanto, o investidor só saberá exatamente quanto irá receber ao final do prazo de aplicação.
- Mista: como o nome sugere, essa modalidade combina características das duas anteriores. Parte da rentabilidade é pré-fixada, garantindo uma taxa mínima de retorno, enquanto o restante é pós-fixado, acompanhando a variação de um índice do mercado. Isso oferece uma certa previsibilidade, ao mesmo tempo em que permite aproveitar eventuais oportunidades de ganho oferecidas pelo mercado financeiro.
Ademais, no Brasil, como existem grandes instituições financeiras confiáveis, esses títulos são considerados de baixo risco (a depender das características e rating de crédito do emissor).
O que é o Tesouro Direto Selic?
O Tesouro Selic é um título público negociado na plataforma do Tesouro Direto, que é um programa criado pelo governo para democratizar o acesso a esses títulos.
Nesse sentido, os títulos públicos são uma forma do governo se financiar, pois, dessa forma, ele consegue captar recursos para seus empreendimentos.
Além disso, do mesmo modo que os CDBs, os títulos públicos também podem ter um retorno fixo, atrelado a um índice ou misto.
O Tesouro Selic acompanha a taxa básica de juros da economia (Selic) e é adequado para quem busca segurança e liquidez, pois permite resgates a qualquer momento.
É uma escolha interessante para alocar a reserva de emergência e para manter uma parcela do portfólio em investimentos de baixo risco.
Por fim, como o governo tem ampla capacidade de emitir dinheiro, cobrar impostos e emitir mais dívida, esse título é considerado o ativo mais seguro do país.
CDB ou Tesouro Direto Selic?
Para que possamos comparar os títulos e descobrir qual é o melhor investimento, CDB ou Tesouro Direto Selic, vamos considerar um CDB que rende 100% CDI, ou seja, um CDB que rende 100% da taxa DI.
Isso porque existem CDBs com diferentes rentabilidades, então isso dificultaria a comparação, mas os que rendem 100% do CDI são mais comuns.
Portanto, agora, vamos observar alguns fatores que nos permitirão responder à pergunta central desse artigo.
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Rentabilidade
Nesse artigo, estamos considerando um CDB 100% CDI. E quanto rende a taxa DI? Normalmente, 0,1 p.p. abaixo da taxa Selic Meta, que é a taxa definida pelo Copom a cada 45 dias.
Por outro lado, o Tesouro Selic rende conforme a taxa Selic Over, que é a taxa negociada no mercado. E quanto rende a taxa Selic Over? Também cerca 0,1 p.p. abaixo da taxa Selic Meta.
Nesse sentido, o rendimento dos dois títulos é igual, inclusive levando em consideração a tributação, que veremos logo em seguida.
Observe a variação dessa taxa nos últimos anos comparada ao CDI mensal:
Aqui, uma recordação é muito importante: os resultados do passado não garantem que o mesmo acontecerá de novo no futuro. O mercado oscila por diferentes fatores e a rentabilidade também.
O que é melhor para um investidor de alta renda?
A escolha entre CDB ou Tesouro Direto Selic depende das metas financeiras, da necessidade de liquidez e da disposição para assumir riscos.
Diversificar o portfólio é uma estratégia inteligente, e investidores de alta renda podem optar por ambos, usando o Tesouro Selic para a reserva de emergência e CDBs ou outras opções de renda fixa para maximizar retornos.
Investidores de alta renda podem obter CDBs com taxas atrativas, principalmente em bancos de menor porte, mas isso também traz um risco de crédito mais elevado.
Por isso, importante avaliar a solidez do banco emissor e o prazo de vencimento, pois alguns CDBs podem ter carência.
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Risco
Como ambos são títulos de renda fixa, eles correm o mesmo risco de crédito, que é o risco do emissor dar um calote no investidor.
Naturalmente, emprestar para o governo é muito mais seguro do que emprestar para um banco. Mas, essa diferença pode ser irrelevante.
Isso porque existem bancos que têm um risco de crédito muito próximo ao risco do governo, ou seja, risco quase zero.
Claro, cada caso precisa ser analisado individualmente, mas existem sim muito bancos sólidos no Brasil que emitem CDBs com baixíssimo risco.
Além disso, o CDB tem cobertura do FGC (Fundo Garantidor de Crédito), que é uma instituição que cobre até R$ 250.000,00 caso o banco para o qual você emprestou vá à falência.
Por exemplo, se você investiu R$ 300.000,00 em um CDB cujo banco veio a falir, você receberá R$ 250.000,00, pois é o valor que o Fundo cobre por CPF contra um mesmo banco.
Caso você tenha R$ 200.000,00 aplicado em dois CDBs de bancos diferentes (totalizando R$ 400.000,00), você receberá o valor integral, pois está dentro do limite do FGC para cada banco.
Então, isso representa uma segurança a mais para o investidor.
Liquidez
A liquidez é a velocidade e a facilidade com que você pode transformar um ativo em dinheiro sem que haja perda de valor.
Nos títulos públicos e nos CDBs, se você resgatar antes do vencimento, o fará pelo preço do título que está sendo negociado no mercado.
Então, em ambos os casos, você pode ter prejuízo.
Contudo, os títulos públicos garantem o resgate sempre que você quiser. Ou seja, se eu quiser vender meu título hoje, o Tesouro Direto deposita o dinheiro na minha conta amanhã.
É importante salientar que esse pedido de resgate deve estar dentro do horário de negociação do Tesouro Direto, que é nos dias úteis, das 9h30 às 18h.
No caso dos CDBs, a liquidez vai variar de título para título.
Desse modo, tem título em que você poderá resgatar somente no vencimento e tem título que eu posso resgatar no mesmo dia, que são os CDBs com liquidez diária, isto é, eles têm uma liquidez até maior que a de um título público.
Por isso, é muito importante que você verifique a liquidez do título antes que você aplique nele.
Tributação
Os ativos de renda fixa, incluindo títulos públicos e CDBs, seguem a tabela regressiva no que diz respeito à sua tributação.
Nesse sentido, quanto mais tempo você fica com o título, menos imposto de renda você pagará conforme a tabela a seguir:
Investimento mínimo
Simulador de CDB ou Tesouro Direto Selic
Afinal, qual é melhor: CDB ou Tesouro Direto Selic?
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Escrito por Marcos Moraes Especialista em Investimentos
Marcos Vitor é consultor financeiro, economista (UFC), analista CNPI (APIMEC), especialista em investimentos (ANBIMA) e acredita no poder da educação financeira para transformar vidas.
- Consultor financeiro
- Economista (UFC)
- Analista CNPI (n° 3772)
- Especialista em Investimentos Anbima (CEA)
- Criptomoedas (NovaDAX)