O come-cotas é um imposto que é deduzido do valor da cota, fazendo, assim, com que a quantidade de cotas do investidor diminua, por isso, come-cotas.
Além disso, ele é cobrado semestralmente sobre o rendimento do Fundo e somente sobre os fundos abertos e com duração indeterminada.
Ou seja, a cada seis meses ocorre uma tributação sobre os lucros obtidos pelo investidor durante esse período.
Para facilitar o pagamento, a Receita Federal deduz uma quantidade de cotas do cliente correspondente ao imposto devido, que é retido na fonte.
E qual é a lógica desse imposto? Para evitar que o investidor acumule um grande patrimônio, por muito tempo e sem pagar nenhum tributo sobre esse montante, a Receita antecipa a cobrança.
Lembre-se: a cobrança é semestral (último dia útil de maio e novembro) e somente sobre o rendimento do período.
A alíquota a ser paga no come-cotas vai variar de acordo com a classificação do Fundo, se de curto ou de longo prazo.
Classificação do Fundo
Alíquota
Curto prazo
20%
Longo prazo
15%
O mínimo que você vai pagar de imposto de renda no resgate das cotas em um Fundo de curto prazo é 20% e em um de longo prazo é 15%.
Esse é o motivo por trás dessas alíquotas.
Caso você pague o come-cotas e decida resgatar suas cotas logo em seguida, só pagará a diferença, se houver.
Como funciona o come-cotas?
Imagine que você comprou 100 cotas de determinado fundo por R$ 3.000,00. Então, cada cota valia R$30,00.
Supondo também que esse fundo é de curto prazo, então você teria que pagar 20% de come-cotas, e que a cota valorizou para R$33,00, que significa R$300,00 de lucro.
No período da cobrança, você terá que pagar 20% sobre esses R$300,00, que representa R$60,00 de imposto de renda.
Contudo, você lembra que cada cota está valendo agora R$33,00? Então, R$60,00 é equivalente a 1,81 cotas. Portanto, se você tinha 100 cotas, agora terá somente 98,19 cotas (100 – 1,81).
Quais fatores influenciam o valor da cota de um Fundo?
O valor da cota de um Fundo é influenciado por diversos fatores, como a rentabilidade dos ativos que compõem a carteira do Fundo, as taxas de administração e de performance, entre outros.
Abaixo, selecionamos alguns fatores para você entender melhor:
Ativos do Fundo: o valor dos ativos que compõem o Fundo, como ações, títulos públicos, títulos privados, entre outros, afeta diretamente o valor da cota. Se esses ativos se valorizam, o valor da cota tende a aumentar, e vice-versa.
Rendimentos: se o Fundo distribui rendimentos, como juros, o valor da cota pode aumentar devido a esses pagamentos.
Taxas e despesas: as despesas operacionais e as taxas de administração e performance são deduzidas do valor do patrimônio líquido do Fundo, o que pode impactar o valor da cota.
Fluxo de investimentos: se muitos investidores estão comprando ou vendendo cotas do Fundo, isso pode afetar o valor da cota. Quando há mais compradores do que vendedores, o preço pode subir, e vice-versa.
Mercado: condições econômicas, políticas e eventos globais podem afetar os preços dos ativos do Fundo, influenciando indiretamente o valor da cota.
Política de investimento: as decisões dos gestores do Fundo, como escolha de ativos, alocação de recursos e estratégias de investimento, desempenham um papel importante no valor da cota.
Por fim, é importante entender como funciona o come-cotas para uma melhor gestão do seu patrimônio.
Conhecendo os critérios, prazos e impactos dessa antecipação do imposto, você estará mais preparado para tomar decisões financeiras mais acertadas e escolher os melhores investimentos de acordo com seus objetivos.
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