O ouro é um metal precioso muito utilizado na indústria e como ornamento, mas ele também serve como ativo financeiro? Sim, por isso vamos entender como investir em ouro.
Além de entender o racional por trás desse investimento, é muito importante que o investidor saiba como se expor a esse metal.
Neste artigo, vamos tratar desses dois pontos principais: como e porque investir em ouro. Então, vamos nessa?
VEJA TAMBÉM: GOLD11: como funciona o ETF de ouro da B3
Nos anos de 2023 e 2024, o ouro atingiu níveis recordes de valorização, consolidando-se como um dos investimentos mais rentáveis no período.
Em 2024, o metal precioso registrou uma alta de aproximadamente 30%, superando a marca de US$ 2.748,23 por onça-troy.
Veja sua oscilação desde os anos 1980:
Diversos fatores impulsionaram essa escalada nos preços. As tensões geopolíticas, especialmente no Oriente Médio, aumentaram a busca por ativos seguros.
Além disso, políticas monetárias mais flexíveis por parte do Federal Reserve tornaram o ouro mais atraente para investidores.
As compras significativas de ouro por bancos centrais, notadamente da China, também contribuíram para a alta, refletindo uma estratégia de diversificação e proteção contra a volatilidade econômica global.
O ouro é um dos ativos mais antigos e tradicionais para proteger e diversificar o patrimônio, especialmente em períodos de incerteza econômica. Existem, essencialmente, três principais formas de investir em ouro, cada uma com suas características e adequações ao perfil do investidor.
Existem basicamente 4 formas de se investir em ouro: através de fundos de investimento, pelo ETF GOLD11, comprando o ouro físico ou investindo em contratos derivativos.
E são essas formas que vamos conhecer agora.
Os fundos de investimento em ouro permitem que você invista indiretamente no metal, sem precisar lidar com sua posse física. Esses fundos são geridos por especialistas que aplicam em contratos futuros ou ativos relacionados ao ouro.
Atualmente, existem alguns fundos de investimento abertos que expõe a maior parte do seu patrimônio a esse metal precioso.
Além disso, esses fundos podem ser de três tipos, sendo classificado pela exposição:
- ouro em real;
- ouro mais CDI; e
- ouro em dólar
Também existem os fundos fechados que são negociados em Bolsa, os ETFs. Neles, você encontrará uma gestão passiva e uma facilidade de investimento.
No Brasil, o ETF de ouro é o GOLD11. Mas, nos Estados Unidos, você encontrará mais opções, com o IAU e o GLD. Essas não são recomendações de compra nem expressam a opinião da nossa equipe.
O ETF GOLD11 é um fundo negociado em bolsa que oferece aos investidores exposição ao preço do ouro de forma simples, prática e acessível.
Como funciona?
Ele replica o desempenho do ouro físico por meio de contratos lastreados em barras do metal, seguindo as variações de preços internacionais.
Por ser um ETF, o GOLD11 é ideal para quem deseja se beneficiar da valorização do ouro sem complicações operacionais, mantendo uma estratégia diversificada e segura no mercado financeiro.
Esta não é uma recomendação de compra. Os ativos da Bolsa de Valores são mais arriscados e perdas podem ocorrer, por isso, avalie bem o produto e o seu perfil antes de investir.
Investir em ouro físico envolve a compra de barras ou lingotes, geralmente adquiridos por meio de instituições financeiras ou corretoras especializadas.
A forma mais tradicional de se investir em ouro é comprando o metal físico em lojas especializadas, apesar de não ser a forma mais prática.
Isso porque, o investidor terá que ficar responsável pelo transporte e armazenamento do metal, o que representa um risco e um custo maior.
De todo modo, você pode fazer uma pesquisa rápida na internet e encontrar lojas que vendem esse metal com todas as certificações dos órgãos reguladores, nota fiscal etc.
Ademais, é possível comprar o ouro físico através de joias, como relógios, brincos, colares e pulseiras.
A negociação de contratos futuros ou opções de ouro é feita na Bolsa de Valores (B3), permitindo a exposição ao preço do ouro sem a posse física.
Lembrando que operações desse tipo não são investimentos e sim uma forma de ganhar com a oscilação dos preços. Por isso, é preciso ter alta tolerância ao risco e as chances de perda são reais.
Um contrato derivativo é um compromisso em que duas partes firma um acordo de pagarem em data futura um preço estabelecido no presente.
Nesse sentido, é possível comprar derivativos de ouro baseado na expectativa do preço futuro do metal e, assim, recebê-lo no momento da efetivação do contrato.
Contudo, essa forma exige muito mais conhecimento técnico e sobre o ciclo das commodities, como o ouro.
De todo modo, existem três contratos negociados na B3:
- OZ1D (lote padrão) 250g;
- OZ2D: 10g; e
- OZ3D: 0,225g.
O OZ1D é o mais líquido, mas seu preço é o mais inacessível para a grande maiores dos investidores.
O ouro é um dos ativos mais antigos e valiosos da humanidade, apreciado por civilizações ao longo da história devido à sua beleza, escassez e utilidade.
Inicialmente usado como moeda, o metal precioso se consolidou como uma forma de investimento seguro, reconhecida por sua capacidade de preservar valor ao longo do tempo.
Entre as principais razões para investir em ouro, destacam-se:
Esses fatores tornam o ouro uma excelente alternativa para quem busca proteção, estabilidade e diversificação no cenário econômico atual.
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