Montei minha reserva de emergência, e agora? Veja o que fazer!
Montar a reserva de emergência é o primeiro passo que devemos dar rumo à liberdade financeira. Mas, o que fazer depois disso? Saiba agora!
Artigo escrito por Marcos Moraes em 08 de Julho de 2024
Você já deve ter ouvido diversas vezes que é preciso construir uma reserva de emergência antes de começar a investir para outros objetivos e metas.
Mas, e agora, o que fazer depois dessa reserva financeira? Algumas pessoas constroem seu colchão financeiro e ficam sem saber onde investir depois disso.
Neste artigo, vamos te mostrar qual deve ser o próximo passo depois da construção da reserva de emergência. Então, vamos nessa?
Qual o próximo passo depois da reserva de emergência?
É comum você ouvir falar que é preciso construir uma reserva de emergência antes de pensar em acumular patrimônio. E de fato é.
Contudo, talvez, você já saiba disso e até já montou sua reserva. Logo, essa questão da reserva já está batida para você e você quer dar um próximo passo.
Por isso, vamos te apresentar todo o passo a passo para você dar o próximo passo na sua vida financeira.
1. Defina objetivos financeiros
Para podermos dar o próximo passo, precisamos saber para onde queremos ir. Ou seja, devemos definir objetivos e metas.
O objetivo principal de quem começa a investir normalmente é atingir a liberdade financeira, poder trabalhar por opção, não por necessidade.
A independência financeira para você pode significar receber uma renda passiva mensal de R$ 3 mil, R$ 5 mil reais. Com esse valor, talvez, você acredite que consiga viver bem.
Com isso, temos o objetivo chave. Ser livre financeiramente, recebendo uma renda de R$ 5 mil por mês que não esteja vinculada ao esforço de uma atividade.
Agora, vamos fazer umas simulações sobre o valor que temos que ter acumulado para receber essa renda mensal.
Simulando quanto é preciso para viver de renda
Se você deseja ter uma renda passiva mensal de R$ 5 mil , por exemplo, e considerarmos um rendimento de 0,5% ao mês, seria preciso acumular um patrimônio de R$ 1 milhão. Isso porque 5000/0,5% é igual 1.000.000.
Mas, para quando você quer esse R$ 1 milhão? Vamos supor que seja para daqui a 25 e que você vai conseguir a mesma rentabilidade durante todo o período.
Nesse caso, você terá que investir R$ 14.443,01. É realmente um valor difícil de investir mensalmente.
Se supormos que você quer se aposentar em 30 anos e que você vai conseguir uma rentabilidade de 0,6% durante todo o período de acúmulo de patrimônio, o investimento mensal cai para R$ 787,88.
O aporte mensal caiu quase pela metade, mas ainda é um valor alto. Mas os números são esses. É bom que você saiba para que você tenha noção se a sua meta é alcançável ou não.
Caso você ache que essa meta está muito fora da sua realidade, você fazer quatro coisas:
- Diminuir seu objetivo;
- Aumentar o prazo de realização do objetivo;
- Estudar para buscar um retorno maior; ou
- Poupar mais para investir mais.
2. Considere o curto e o médio prazo
Não é saudável ter apenas metas de longo prazo, pois você acabaria vivendo apenas para o futuro.
Se você deixar de viver o hoje para focar somente no futuro, uma hora você pode ficar frustrado e parar no meio da caminhada.
Além disso, a vida não se resume só em acumular dinheiro. Temos que comprar bens que gostamos, comer comidas saborosas, viajar com as pessoas que amamos, ajudar aqueles que precisam etc.
Nesse sentido, afora sua meta de liberdade financeira, existem suas metas de curto e médio prazo. E para elas você também precisa alocar parte dos seus investimentos.
Então, você também precisa definir metas cuja realização será em um período menor.
Vamos supor que você queira viajar daqui a um ano, trocar de carro em três e trocar de casa em seis. O ideal é que você também separe uma parte do seu aporte mensal para essas metas.
E como equilibrar tudo isso? É você quem vai dizer. Veja o custo e o prazo dos seus sonhos e descubra o que você terá que fazer para realizá-los.
Talvez, você descubra que é melhor separar 40% dos seus investimentos mensais para metas de longo prazo e 60% para metas de curto e médio prazo.
Entendido isso, o próximo passo e escolher os ativos a investir após montar sua reserva e de definir seus objetivos.
3. Escolha os ativos adequados
Quando vamos investir, precisamos levar três fatores em consideração: risco, retorno e liquidez.
Quanto menor for o prazo das suas metas, maior deve ser a liquidez, menor o risco e, consequentemente, menor o retorno.
De modo semelhante, quanto de mais longo prazo forem suas metas, você pode correr mais risco e ter uma menor liquidez para, assim, buscar um retorno maior.
E quais são aqueles ativos mais adequados para metas de curto prazo?
- Títulos públicos, CDBs com liquidez inferior a um ano, fundos DI com liquidez diária e contas corrente remuneradas.
Dentre as contas correntes remuneradas, uma excelente opção é a conta digital do PagBank, onde seu dinheiro rende acima do CDI.
PagBank
PagBank oferece uma digital completa, cartão de crédito, investimento, empréstimo e muito mais.
E para aquelas de médio prazo?
- Títulos públicos, CDBs, debêntures, LCIs e LCAs, CRIs e CRAs e fundos de renda fixa em que a liquidez esteja de acordo com o prazo da sua meta.
E para aquelas de longo prazo?
- Aqui, pode entrar tudo. Até renda fixa? Até renda fixa!
Isso porque, mesmo que você tenha metas de longuíssimo prazo, a renda fixa é importante para uma boa gestão patrimonial.
Ou seja, pode entrar ações, fundos imobiliários, investimento no exterior, criptoativos, derivativos tudo. Claro, você sempre deve entender o que você está fazendo antes aplicar seu dinheiro.
4. Respeite seu perfil
Independente do prazo que você está investindo, é preciso respeitar o seu perfil de risco.
Porque, mesmo que você tenha metas de longo prazo, se você não aguenta muita oscilação em sua carteira, não invista em algo arriscado demais.
Ah, então quer dizer que eu posso investir em ações para viajar daqui a um ano caso eu tenha um perfil agressivo? Aí não.
Mesmo que você aguente o risco, você deve investir em algo de baixo risco para metas de curto prazo.
Imagina você chegar no dia da viagem e descobrir que suas ações desvalorizaram 5% e agora você não tem o dinheiro suficiente para viajar.
Considerações finais
As simulações que nós fizemos nesse artigo pode mostrar que é difícil construir patrimônio e atingir a liberdade financeira.
Contudo, isso não pode desestimular você, pelo contrário, você já sabe qual caminho trilhar, basta se esforçar na caminhada.
Dessa forma, seu futuro financeiro será sólido e tranquilo.
Continue lendo: Como Investir na Bolsa de Valores com Pouco Dinheiro [Para Iniciantes]
Compartilhe este conteúdo
Escrito por Marcos Moraes Especialista em Investimentos
Marcos Vitor é consultor financeiro, economista (UFC), analista CNPI (APIMEC), especialista em investimentos (ANBIMA) e acredita no poder da educação financeira para transformar vidas.
- Consultor financeiro
- Economista (UFC)
- Analista CNPI (n° 3772)
- Especialista em Investimentos Anbima (CEA)
- Criptomoedas (NovaDAX)