Melhores Melhores Melhores Ferramentas Ferramentas Ferramentas Mobills Mobills
livros
isca
Não
evergreen

O Investidor Inteligente: O Guia Clássico para Ganhar Dinheiro na Bolsa [Resenha]

Benjamin Graham é um dos maiores investidores do século XX. Leia este artigo e conheça os ensinamentos de uma de suas maiores obras!

Artigo escrito por Marcos Moraes em 10 de Junho de 2024

O investidor inteligente precisa refletir sobre a seguinte questão: Quem é o principal culpado do fracasso da maioria dos investidores na bolsa de valores?

Segundo Benjamin Graham, provavelmente é o próprio investidor. Isso porque, em muitos momentos nosso emocional não é forte o suficiente para resistir às tentações de tomar decisões ruins.

Nesse sentido, O Investidor Inteligente surgiu com a proposta de dar conselhos sobre áreas de possíveis erros significativos e desenvolver políticas com as quais o investidor se sinta à vontade.

Sendo considerado por alguns como o melhor livro sobre mercado financeiro já escrito, essa obra nos ensina todo o essencial para investir dinheiro e ganhar na bolsa.

Então, nesta resenha, vamos conhecer algumas de suas principais lições.

Ficha técnica

  • Título: O investidor inteligente
  • Autor: Benjamin Graham
  • Editora: HarperCollins
  • Data da publicação: 1949
  • Número de páginas: 672

Sobre o autor

Nascido em maio de 1894 na Inglaterra, Benjamin Graham é descendente de uma família judaica.

Com a chegada da Segunda Guerra Mundial, teve que se mudar para os Estados Unidos, onde passaria o resto de sua vida.

Com 20 anos, se formou em economia na Universidade de Columbia.

Apesar de várias propostas para trabalhar no meio acadêmico, preferiu atuar em Wall Street, maior “capital” do mercado financeiro mundial.

Em 1926, fundou sua própria empresa de investimentos, a Graham-Newman. Alguns anos depois, começou a dar aula na Universidade de Columbia, onde conheceu David Dodd.

Este foi seu parceiro na escrita dos seus livros de maior sucesso: Security Analysis (1934) e The Intelligent Investor (1949).

Os livros de Benjamin Graham são considerados até hoje como umas das principais obras sobre investimentos.

Por seus livros e pelo seu desempenho no mercado de ações, ele até hoje é considerado um dos maiores investidores de todos os tempos.

Além disso, foi mentor de Warren Buffett, considerado o maior investidor que já existiu.

O que é ser um Investidor Inteligente

Graham diz que esse tipo de inteligência não tem nada a ver com QI ou notas escolares.

Simplesmente significa ser paciente, disciplinado e ávido por aprendizagem; o investidor inteligente deve ser capaz de controlar suas emoções e pensar por si mesmo.

Esse tipo de inteligência é um traço mais de personalidade do que de cérebro. Na verdade, existem provas de que um QI alto e uma excelente educação não são suficientes para tornar inteligente um investidor.

Em 1998, a Long-Term Capital Management, um fundo de hedge dirigido por um batalhão de matemáticos, especialistas em computadores e dois economistas ganhadores de prêmios Nobel, perdeu mais de US$ 2 bilhões.

Essa perda aconteceu em questão de semanas porque os gestores fizeram uma aposta imensa numa tese de investimento que se mostrou errada.

Além desse caso, temos o exemplo de Sir Isaac Newton, físico e uma das mentes mais brilhantes que já existiu. No século 18, ele perdeu o equivalente a US$ 3 milhões em moeda atual por se deixar levar pela euforia do mercado de ações inglês.

Em resumo, se você até agora não obteve sucesso com seus investimentos, isso não significa que você seja um ignorante.

A questão é que você ainda não desenvolveu a disciplina emocional exigida para o investimento bem-sucedido.

Investidor Defensivo ou Agressivo?

No processo de construção da nossa carteira de investimentos, precisamos definir alguns parâmetros para que nossa alocação seja a mais eficiente possível.

Se não levarmos nosso perfil de risco nem nossos objetivos em consideração, poderemos tomar decisões erradas.

Portanto, como ponto de partida para nos auxiliar nesse processo, o autor faz uma distinção entre dois conceitos.

O investidor defensivo, ou passivo, é alguém interessado em segurança aliada à despreocupação. Esse tipo de investidor não pode esperar algo melhor que resultados médios.

Além disso, ele deve se restringir a investir em ações de empresas importantes com um histórico comprovado de lucratividade e que estejam em condições financeiras saudáveis.

Por outro lado, os investidores agressivos, ou empreendedores, desejam obter retornos maiores do que seu companheiro defensivo.

Eles podem aplicar em ações menos famosas, mas elas devem ser definitivamente atraentes, conforme demonstrado por uma análise inteligente.

Graham afirma que a taxa de retorno buscada deve depender de quanto esforço inteligente o investidor está disposto e é capaz de envidar.

O retorno mínimo seria obtido por nosso investidor passivo, o qual deseja segurança e tranquilidade.

O rendimento máximo pelo investidor atento e empreendedor, que exercita ao máximo sua inteligência e capacidade.

Aquele que tem algum desses perfis precisa se decidir por uma relação renda variável/renda fixa a ter na sua carteira.

O autor fala que não devemos ter menos de 25% nem mais de 75% em nenhuma dessas classes, sendo a divisão 50/50 a melhor.

O investidor empreendedor pode optar por uma parcela maior de ativos de renda variável, o defensivo de renda fixa.

O Investidor Inteligente e o Sr. Mercado

Imagine que você possui uma participação pequena em uma companhia de capital fechado que lhe custou R$ 1.000,00.

Um de seus sócios, chamado Sr. Mercado, é de fato muito prestativo.

Todo dia ele lhe informa o que pensa ser o valor de sua participação e, além disso, se dispõe a comprar de você ou vender a você uma participação adicional naquelas bases.

Às vezes, sua ideia de valor parece plausível e justificada pela evolução e pelas perspectivas do negócio da forma como as conhece.

Por outro lado, o Sr. Mercado deixa frequentemente o entusiasmo ou o receio tomar conta dele e o valor proposto por ele lhe parece pura bobagem.

Mas, se você é um investidor prudente ou um empresário inteligente, deixaria as comunicações do Sr. Mercado influenciarem sua opinião sobre o valor da sua participação na companhia?

Só se você concordasse com ele ou então desejasse negociar com ele.

Você pode ficar feliz em vender para ele quando o mesmo cota um preço ridiculamente alto e igualmente feliz em comprar dele quando seu preço é baixo.

No entanto, no resto do tempo, você seria mais esperto se formulasse suas próprias ideias acerca do valor de sua carteira com base nos relatórios da companhia sobre suas operações e posições financeiras.

O verdadeiro investidor está nessa mesma posição quando possui uma ação listada na bolsa.

Ele pode tirar vantagem do preço de mercado diário ou desconsiderá-lo, conforme ditado por suas próprias ideias e inclinação.

Contudo, ele também precisa tomar conhecimento dos movimentos de preço importantes, pois de outra forma seu julgamento será desprovido de uma base.

É possível que esses movimentos possam dar ao investidor um sinal de alerta ao qual ele deve prestar atenção.

Claro, tais sinais são, pelo menos, tão enganosos quanto úteis.

Como analisar uma ação?

O objetivo da análise de ações é avaliar se um ativo é suficientemente sólido ao ponto de justificar sua compra para fins de investimento.

Lembrando ainda que o investimento em ações e demais ativos de Bolsa são recomendados apenas para os investidores do perfil arrojado, segundo normas da B3.

Alguns fatores da empresa que você deve levar em consideração:

Perspectivas de longo prazo

Aquele que deseja fazer uma boa análise de investimentos precisa verificar o relatório da empresa referente a pelo menos os últimos cinco anos.

Verifique se a empresa fica constantemente fazendo aquisições ou se também reinveste no próprio negócio.

Não esqueçamos de olhar se o caixa da empresa é proveniente de suas atividades ou da tomada de dívidas e emissão de novas ações.

Uma firma sólida não pode depender de um único cliente. Pelo contrário, ela deve ter uma cartela diversificada de clientes.

Por fim, você precisa saber o que faz essa companhia crescer e de onde vêm ou virão seus lucros.

Gestão

Os executivos da companhia deveriam dizer o que farão e depois fazer o que disseram.

Portanto, leia os relatórios anuais do passado para ver as previsões feitas pelos administradores e se eles as cumpriram ou não.

Os administradores deveriam admitir francamente seus fracassos e assumir a responsabilidade por eles, em vez de acusar bodes expiatórios, como “a economia”, “as incertezas” ou “a demanda fraca”.

Ademais, verifique se o tom e a substância da carta do presidente se mantêm constantes ou oscilam de acordo com as tendências.

Força financeira e estrutura de capital

A definição mais básica possível de um bom negócio é essa: ele gera mais dinheiro do que consome.

Administradores bons encontram maneiras de usar esse dinheiro de modo produtivo.

No longo prazo, é quase certo que as companhias enquadradas nessa definição crescerão em valor, independentemente da evolução do mercado de ações.

Nesse sentido, comece por ler a declaração de fluxo de caixa no relatório anual da companhia. Veja se o dinheiro derivado das operações cresceu de forma estável ao longo dos últimos anos.

Após isso, examine a estrutura de capital e procure nos balanços o grau de endividamento da companhia.

Fórmula de Benjamin Graham

Benjamin Graham é um dos principais expoentes do investimento em valor, que significa a aquisição de um ativo por um preço menor que o seu valor justo.

Ele acreditava que, no longo prazo, a tendência era que o preço se aproximasse do valor.

Todavia, a questão que surge é: como saber o valor justo de uma ação?

Para isso, o autor criou uma fórmula que nos ajudará nessa tarefa:

VI = √(22,5 x LPA x VPA)

Sendo que:

VI = Valor Intrínseco, ou Valor Justo;

LPA = Lucro por Ação; e

VPA = Valor Patrimonial por Ação.

Precisamos deixar claro que esse método de precificação pode não ser o mais preciso e vai se aplicar principalmente àquelas empresas que têm lucro constante.

Seja um Investidor Inteligente

O investidor bem-sucedido é aquele que é inteligente.

Como dissemos, não é a inteligência escolar, mas a inteligência emocional associada a uma grande capacidade de análise.

Portanto, se quiser ter ótimos resultados com seus investimentos, precisa, além de respeitar seu perfil de risco, ter uma forte convicção sobre seus ativos.

Por fim, preciso lembrá-los que, por mais que tentasse, eu não poderia resumir toda a essência da sabedoria de um dos maiores investidores do mundo.

Então, é muito importante que você leia o livro e beba a água diretamente da fonte.

Avaliação: O Investidor Inteligente vale a pena?

O Investidor Inteligente é um dos melhores livros de investimentos já escrito, então ele vale muito a pena.

Isso porque ele aborda questões de mentalidade e filosofia de investimentos que são atemporais.

Segundo a avaliação dos leitores: 4,8 estrelas.

Portanto, nós recomendamos a leitura dessa obra para o seu desenvolvimento como investidor de longo prazo.

Nesse sentido, você pode comprar o livro no link a seguir:

COMPRE AGORA!

Sobre a editora

A HapperCollins é uma grande editora a nível mundial, a segunda maior do mundo se considerarmos aquelas que atendem ao consumidor.

Além disso, ela tem presença em mais de 17 países, inclusive o Brasil através da HapperCollins Brasil, que iniciou suas operações em 2015.

Desse modo, este já publicou dezenas de livros, dos mais variados temas e gêneros.

CONTINUE LENDO


Escrito por Marcos Moraes Especialista em Investimentos

Marcos Vitor é consultor financeiro, economista (UFC), analista CNPI (APIMEC), especialista em investimentos (ANBIMA) e acredita no poder da educação financeira para transformar vidas.

  • Consultor financeiro
  • Economista (UFC)
  • Analista CNPI (n° 3772)
  • Especialista em Investimentos Anbima (CEA)
  • Criptomoedas (NovaDAX)

Você também vai gostar

.
.