O investimento em renda fixa é muito procurado pelos investidores em razão da sua previsibilidade e segurança. Porém, o que poucos sabem é que existem tipos de renda fixa, com características próprias.
Cada tipo de renda fixa é indicado para determinados objetivos financeiros que o investidor tem. Por isso é tão importante conhecer quais são eles.
Para explicar ao investidor quais são esses tipos e quais os investimentos em renda fixa disponíveis ao investidor, preparamos esse artigo.
Quer saber mais sobre o tema? Continue lendo.
O investimento em renda fixa é todo aquele em que o investidor já conhece a forma de rentabilidade do seu investimento no momento da aplicação.
Assim, a grande característica desse investimento é a previsibilidade.
Esse investimento funciona como um empréstimo que o investidor faz para o emissor do título, que pode ser o governo federal ou alguma instituição privada.
Isso porque esse investimento é atrelado à algum índice do mercado ou à uma taxa de juros já determinada em porcentagem.
Quando se fala em investimento em renda fixa o investidor pode encontrar três tipos: prefixado, pós-fixado e mistos (híbridos).
A principal diferença entre esses tipos é a forma como a rentabilidade acontece em cada um deles. Para deixar mais claro, vamos explorar cada um deles.
A renda fixa prefixada é aquela em que a taxa de rentabilidade já é estabelecida no momento da aplicação. Normalmente, esse taxa é apresentada na forma de juros anual.
Ou seja, uma renda fixa é prefixada quando estabelece que o seu rendimento será de 11% ao ano, por exemplo.
Portanto, o investidor sabe no momento da aplicação que aquele investimento irá render 11% ao mês se deixado até o prazo de vencimento.
Esse é um tipo de investimento indicado para quem acredita que a taxa de juros no futuro estará menor que a rentabilidade do título. Porém, caso o juros aumente, outros investimentos se tornam mais rentáveis.
O título pós-fixado é aquele em que o rendimento está atrelado a algum indicador do mercado, normalmente sendo a Selic ou o CDI. O nome desse tipo de renda fixa se deve ao fato de o rendimento ser definido apenas no momento do vencimento.
Apesar de o título garantir o rendimento atrelado à Selic ou CDI, o valor exato será conhecido apenas futuramente, uma vez que esses índices podem variar ao longo do tempo.
No caso dos títulos atrelados ao CDI, a rentabilidade é apresentada em porcentagem do índice, podemos encontrar oportunidades com retorno superior à 100% do CDI, por exemplo.
Tendo parte da sua rentabilidade prefixada e parte dela pós-fixada, os títulos de renda fixa mista, ou híbrida, usa um indicador financeiro e uma porcentagem fixada para construir sua rentabilidade.
Um dos índices mais utilizados nesse tipo é o IPCA (Índíce Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Ou seja, esse é um investimento indicado para quem quer proteger seu patrimônio da inflação e garantir uma rentabilidade acima dela.
Por exemplo, um título desse tipo pode ter uma rentabilidade de IPCA + 4%. Ou seja, no vencimento ele irá render o IPCA do período acrescido de 4%.
Agora que você já conhece quais são os tipos de renda fixa disponíveis ao investidor e como funciona a rentabilidade de cada um deles, chegou o momento de conhecer quais são os ativos de renda fixa.
Esses ativos podem apresentar diversos tipos de rentabilidade e possuem características próprias que os tornam mais indicados para determinados objetivos.
Sendo assim, conheça quais são os investimentos em renda fixa disponíveis ao investidor.
O Tesouro Direto é um título emitido pelo governo federal como uma forma de captar recursos para financiar suas atividades.
De uma maneira simples, o investidor empresta dinheiro para o governo federal em troca de juros, que podem ser prefixados, pós-fixados ou mistos.
Existem diversos tipos de Tesouro Direto:
O Certificado de Depósito Bancário (CDB) são títulos emitidos por bancos com o objetivo de captar recursos para financiar as suas atividades.
É possível encontrar CDBs de todos os tipos de rentabilidade e uma de suas grandes características é ser um investimento garantido pelo FGC (Fundo Garantidor de Créditos) até o limite estabelecido.
As Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e as Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) são títulos emitidos por instituições financeiras para angariar recursos e financiar suas atividades relacionadas ao setor.
No caso da LCI, o valor arrecadado é usado para financiar o setor imobiliário. Já no caso da LCA, o recurso é destinado a atividades do agronegócio.
Esse também é um investimento garantido pelo FGC.
Os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e do Agronegócio (CRA) são emitidos por securitizadoras e são lastreados nos respectivos setores.
Apesar de serem uma possibilidade de diversificar seus investimentos e encontrar uma boa rentabilidade, eles não têm garantia do FGC.
As debêntures são títulos de dívida emitidos por empresas para captar recursos no mercado e financiar as suas atividades.
Nesse caso, o investidor estará emprestando o seu dinheiro para a empresa em troca de uma rentabilidade, que pode ser prefixada, pós-fixada ou híbrida.
Eles também não são protegidos pelo Fundo Garantidor de Crédito, por isso, normalmente apresentam uma rentabilidade maior.
Como visto, existem diversos investimentos de renda fixa com características próprias e formas de rentabilidade. Por isso, faz sentido perguntar qual o melhor investimento?
A verdade é que a resposta para essa pergunta depende de inúmeros fatores, como objetivo do investimento, carteira atual do investidor, perfil de risco, entre outros.
Mas, quem investe em título de renda fixa pode contar com um investimento relativamente seguro, que rende mais que a Poupança e que, em alguns casos, possui a garantia do FGC.