CDI hoje: quanto rende e como investir [Atualizado]

A taxa CDI hoje é uma das mais relevantes do mercado financeiro, desempenhando um papel fundamental na manutenção da estabilidade do sistema e servindo como referência para diversas outras taxas, incluindo as utilizadas em investimentos e operações de crédito.

Neste artigo, vamos detalhar qual é o rendimento atual do CDI, explicar de forma clara como ele funciona e ensinar, na prática, como utilizá-lo a seu favor nos investimentos. Continue lendo e aproveite as dicas para potencializar seus ganhos!

Qual é o valor do CDI hoje?

DESCRIÇÃO	VALOR
CDI hoje ao ano	12,15% a.a
CDI hoje ao mês	0,96% a.m
Taxa Selic Meta	12,25% a.a
Taxa Selic Over	12,15% a.a
Próxima divulgação	31/01/2025

Sendo assim, a Taxa CDI hoje é 0,958% ao mês.

O que é CDI e como funciona?

O CDI é um título de renda fixa, emitido pelos bancos como forma de fazer captação ou aplicação de recursos excedentes.

Esse empréstimo pode ser lastreado em Certificados de Depósitos Interbancários (CDI), que podem ser títulos privados ou títulos públicos federais.

Ademais, as características de um CDI são semelhantes àquelas de um Certificado de Depósito Bancário (CDB), mas os CDIs somente são negociados no mercado interbancário e têm o prazo de um dia útil.

Quanto rende o CDI?

O rendimento do CDI depende do valor da porcentagem associado a ele, como também o histórico do valor da taxa passada. Por isso, preparamos alguns exemplos para mostrar o rendimento do CDI.

Cálculo: quanto rende CDI hoje?

Para fazer esse cálculo, vamos imaginar um investimento que rende 100% do taxa CDI que equivale exatamente a 12,15% ao ano.

Nesse sentido, como o CDI está em 12,15% ao ano, então 100% do CDI significa exatamente também esse mesmo valor. Assim, 100% do CDI hoje rende 12,15% ao ano.

De forma análoga, um investimento que rende 80% do CDI seria de 0,8 × 12,15 = 9,72% ao ano.

Outro exemplo, quanto rende 110% do CDI? 110% do CDI rende 13,365% ao ano (explicando o cálculo: 1,1 × 10,65 = 11,715% ao ano).

Por fim, quanto renderia 90% do CDI? O cálculo é o mesmo (0,9 × 10,65). Então, o rendimento é de 10,935% ao ano.

Para tornar seu cálculo mais fácil, confira o rendimento atual de diferentes percentuais do CDI na tabela abaixo:

Valor do CDI	Fórmula de cálculo	Resultado (ao ano)
80% do CDI	0,8 × 12,15	9,72%
90% do CDI	0,9 × 12,15	10,935%
100% do CDI	1,0 × 12,15	12,15%
105% do CDI	1,05 × 12,15	12,7575%
110% do CDI	1,1 × 12,15	13,365%
115% do CDI	1,15 × 12,15	13,9725%
120% do CDI	1,2 × 12,15	14,58%
130% do CDI	1,3 × 12,15	15,795%
150% do CDI	1,5 × 12,15	18,225%
200% do CDI	2,0 × 12,15	24,30%

Quanto rende o CDI por mês?

O rendimento do CDI mensal hoje é de 0,958%. Para calcular, basta fazer uma conversão da taxa anual para taxa mensal.

Confira o rendimento mensal histórico do CDI nos últimos anos, acompanhando a taxa Selic:

Portanto, quase 1% ao mês com segurança é um excelente rendimento, não acha?

Quer saber opções fáceis para ter esse rendimento? A Toro é uma corretora digital completa que oferece uma cesta completa de produtos de renda fixa com rendimentos acima de 100% da taxa CDI.

Rendimento mensal e acumulado do CDI histórico

Veja, na tabela a seguir, o histórico dos rendimentos de 100% do CDI nos últimos anos, considerando uma aplicação hipotética de R$ 10 mil.

Lembre-se que é preciso considerar os efeitos da inflação e dos impostos para obter a rentabilidade líquida final.

Ano	Valor investido	Valor final a 100% do CDI*	Rentabilidade (sem descontar a inflação)
2011	R$ 10.000	R$ 11.159,53	11,59%
2012	R$ 10.000	R$ 10.836,89	8,37%
2013	R$ 10.000	R$ 10.802,47	8,02%
2014	R$ 10.000	R$ 11.076,59	10,76%
2015	R$ 10.000	R$ 11.317,97	13,18%
2016	R$ 10.000	R$ 11.399,91	13,99%
2017	R$ 10.000	R$ 10.992,55	9,92%
2018	R$ 10.000	R$ 10.639,52	6,39%
2019	R$ 10.000	R$ 10.594,18	5,94%
2020	R$ 10.000	R$ 10.275,01	2,75%
2021	R$ 10.000	R$ 10.438,73	4,38%
2022	R$ 10.000	R$ 11.239,10	12,39%
2023	R$ 10.000	R$ 11.303,94	13,04%
2024	R$ 10.000	R$ 11.087,60	10,88%

Qual é a diferença entre Taxa DI e Selic Over?

Como em qualquer operação de crédito, empréstimos entre instituições financeiras geram a cobrança de juros.

A Taxa DI refere-se à média dos juros cobrados em operações com lastro em Certificados de Depósito Interbancário (CDI), realizadas entre instituições financeiras, geralmente com prazo de um dia.

Já a Selic Over, conhecida como a taxa overnight do mercado brasileiro, é a média dos juros das operações de curtíssimo prazo realizadas com lastro em títulos públicos federais.

Enquanto a Selic Over é apurada e divulgada pelo Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic), a Taxa DI é calculada e divulgada pela B3 (Bolsa de Valores Brasileira).

Embora ambas as taxas frequentemente apresentem valores muito próximos, variações econômicas ou de liquidez podem ocasionar pequenas diferenças entre elas, refletindo particularidades dos mercados interbancário e de títulos públicos.

Como investir com base no CDI?

Antes de tudo, é importante entender que o CDI (Certificado de Depósito Interbancário) não é um investimento acessível ao público.

Ele é um título exclusivo do mercado interbancário, utilizado para operações entre bancos com o objetivo de manter a liquidez do sistema financeiro. Portanto, não é possível investir diretamente em CDI.

No entanto, existe uma ampla gama de ativos de renda fixa que têm sua rentabilidade atrelada a uma porcentagem da Taxa DI, que é calculada com base nas operações de CDI realizadas entre os bancos.

Assim, quando dizemos que um investimento rende, por exemplo, “100% do CDI”, estamos nos referindo, na verdade, a uma rentabilidade de 100% da Taxa DI.

Um exemplo comum é o CDB (Certificado de Depósito Bancário). Se você investir em um CDB que rende 100% do CDI e a Taxa DI estiver em 15% ao ano, isso significa que o seu investimento terá uma rentabilidade anual de 15%.

Da mesma forma, se o rendimento for de 80% do CDI, a taxa anual será de 12% (80% de 15%). Esses percentuais tornam o CDI um importante indicador de referência para investimentos de renda fixa.

De todo modo, para investir em um título atrelado a essa taxa, você precisará seguir os seguintes passos:

1. Abra conta em uma corretora de investimentos;
2. Transfira recursos para sua conta da corretora;
3. Escolha um dos ativos que rende uma porcentagem da taxa DI.

Dentre os ativos que têm seu retorno atrelado a essa taxa, podemos citar:

• CDBs;
• LCIs e LCAs;
• RDBs;
• Debêntures;
• Fundos de investimento em renda fixa.

Contudo, nem todos os títulos têm a mesma rentabilidade. Então, o que define se a rentabilidade desses ativos vai ser maior ou menor?

VEJA TAMBÉM: Juros Futuros: O que são e como funcionam

Investindo pelo Santander Select

Ao abrir uma conta como a Santander Select, você também tem acesso aos melhores produtos de investimentos de renda fixa que acompanham ou visam superar a taxa CDI anual.

É uma boa oportunidade para diversificar sua carteira de acordo com o seu nível de risco, seja na renda fixa ou nos produtos da Bolsa de Valores.

Para isso, você conta com o apoio de uma assessoria especializada com especialistas, além de diversos outros benefícios por ser um cliente Select, como cartão de crédito black, financiamento, isenção de tarifas internacionais, salas VIP, entre outros.

Veja abaixo:

Riscos

Os títulos de renda fixa consistem em uma operação de empréstimo, ou seja, o investidor aplica seus recursos com o objetivo de receber o valor no vencimento acrescido de juros.

Nesse sentido, o maior risco dessa negociação é o risco de crédito, que consiste na possibilidade de não receber o valor aplicado.

À medida que essa possibilidade aumenta, os juros do título também deverão aumentar para compensar esse risco tomado.

Vamos pegar o caso de um CDB novamente. Quanto maior for a instituição, maior sua capacidade de honrar seus compromissos, ou seja, menor será o risco de crédito de investir em um CDB dela.

Por outro lado, se for uma empresa pequena, com um balanço mais apertado, maior será o risco de crédito e a incerteza quanto ao recebimento do valor aplicado.

Dessa forma, podemos concluir que, se esse banco menor quiser captar recursos por meio de um CDB, ele deverá oferecer uma taxa de juros maior ao investidor.

Liquidez

Liquidez é a velocidade com que conseguimos transformar um ativo em dinheiro sem que haja diminuição em seu valor.

Por exemplo, normalmente um imóvel não tem liquidez, pois se quiser vender rápido, provavelmente não conseguirá um bom preço.

Então, caso queira vender um imóvel com mais agilidade, terá que diminuir o preço dele para que os compradores sejam atraídos.

Portanto, quanto menor for a liquidez de um ativo, maior deverá ser o retorno para compensar essa dificuldade de resgate.

Aqui, é preciso ficar claro que você não deve observar o vencimento do título, mas a possibilidade de resgate antes do vencimento.

No caso dos investimentos no Tesouro Direto, existem diversos vencimentos, mas podemos resgatar a qualquer momento.

Por outro lado, existem aplicações em LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) que o resgate é só no vencimento mesmo, ou seja, seu dinheiro vai ficar “preso” naquela aplicação por 1, 2, 3 anos.

A regra é: quanto maior for esse prazo em que os recursos ficarão aplicados, maior deverá ser a rentabilidade para compensar o fato de você não poder utilizar o dinheiro a qualquer momento.

Quais são as vantagens e desvantagens do CDI?

Novamente, quando falamos em investir em CDI, estamos nos referindo a aplicações com retorno como porcentagem da taxa DI.

Entendido isso, agora devemos considerar algumas características desse tipo de investimento.

Como todo investimento em renda fixa, existem vantagens e desvantagens.

Vantagens

O maior atrativo da renda fixa é a segurança. Nela, podemos mensurar o retorno do investimento no momento da aplicação. Então, existe uma maior previsibilidade do valor acumulado no vencimento.

Além disso, a rentabilidade dessa classe oscila bem menos que a da renda variável.

Portanto, as maiores vantagens são:

• Estabilidade: por estar relacionado à Taxa DI, que acompanha de perto a Selic, esses investimentos oferecem maior previsibilidade em sua rentabilidade.
• Baixo risco: geralmente, são produtos de renda fixa, considerados seguros e ideais para investidores conservadores.
• Diversidade de opções: existem diversos produtos atrelados ao CDI, como CDBs, LCIs, LCAs e fundos de renda fixa.
• Proteção contra inflação: Em períodos de alta na Selic, o CDI tende a acompanhar, o que pode ajudar a preservar o poder de compra.
• Liquidez: muitos investimentos atrelados ao CDI oferecem prazos flexíveis e opções de resgate antecipado.
• Acessibilidade: épossível encontrar opções acessíveis com valores iniciais baixos, ampliando o alcance para pequenos investidores.

Desvantagens

Por outro lado, as vantagens têm a contrapartida de um retorno menor. Como o risco é menor, os investidores não requerem uma taxa alta de rentabilidade, pois eles aplicam pelas vantagens.

Se o objetivo for ganhos maiores, eles distribuirão uma parcela dos seus recursos em ativos com mais incerteza quanto aos retornos.

Então, os principais pontos de atenção são:

• Rentabilidade limitada: em períodos de Selic baixa, os rendimentos podem ser menores do que outros ativos mais arriscados, como ações.
• Tributação: a maioria dos produtos atrelados ao CDI está sujeita ao Imposto de Renda, que pode reduzir os ganhos.
• Falta de proteção contra inflação extrema: em cenários de inflação muito alta, o CDI pode não acompanhar suficientemente o aumento dos preços.
• Baixo potencial de valorização: Não há chance de ganhos excepcionais, já que a rentabilidade está atrelada a uma taxa predefinida.
• Carência ou prazos longos: alguns produtos, como CDBs ou LCIs com alta rentabilidade, podem exigir prazos maiores para compensar.
• Liquidez limitada em alguns casos: investimentos com maior rentabilidade atrelada ao CDI, como LCIs e LCAs, podem ter prazos de carência para resgate.

Por que existe o CDI?

Para entender isso, precisamos lembrar que o sistema financeiro desempenha um papel essencial na economia brasileira.

Realizando a intermediação entre agentes deficitários, que precisam de recursos emprestados, e superavitários, que dispõe de recursos para emprestar, o mercado financeiro cria condições para o desenvolvimento do país.

Dessa forma, podem-se implementar diversas ideias de investimentos, como em infraestruturas, em serviços ou em empresas, o que traz o desenvolvimento e o crescimento para o país.

Contudo, para que possa haver um sistema financeiro sólido, é necessário que as entidades que o compõe sejam sólidas.

Um exemplo dessas entidades, e que é fundamental, são os bancos. Vamos entender como funcionam?

Sistema bancário

Um banco precisa ser solvente, ou seja, precisa ter seu ativo maior que seu passivo. Isso significa ter condições de honrar seus compromissos.

Caso todos os clientes de uma instituição financeira desejem realizar saques, ela deve ter condições de acatar essa demanda.

Pensando nisso, o Banco Central do Brasil criou uma resolução que obriga os bancos a encerrar o dia com saldo positivo.

Portanto, se um banco tiver mais saques do que depósitos em um dia, ele precisa pedir empréstimos a outros bancos para poder manter a saúde do seu balanço.

E o instrumento utilizado para aplicar os recursos excedentes e captar os recursos faltantes é o CDI.

Qual é a importância do CDI?

Diante do que foi explicado, podemos ver que o CDI é fundamental para a manutenção da solvência e da confiabilidade do sistema financeiro.

E este, por sua vez, é essencial para o crescimento e desenvolvimento da economia do país.

Por que o CDI é usado nos investimentos?

Comumente, se utiliza a taxa DI como referencial para o custo do dinheiro, ou seja, o custo de oportunidade de deixar o dinheiro parado ou gastá-lo.

Além disso, utiliza-se essa taxa também como parâmetro de rentabilidade dos títulos de renda fixa e como benchmark.

No mundo financeiro, benchmark refere-se a um índice que avalia a rentabilidade de uma aplicação.

Em fundos de investimento, por exemplo, o mais comum é os gestores terem uma estratégia de acompanhar ou superar um índice.

Quando esses gestores conseguem superar esses índices, normalmente cobram uma taxa de performance por essa rentabilidade excedente.

Assim, como foi dito, a Taxa DI é um benchmark de muitos fundos de investimento, mas não pode ser utilizada por todos.

Segundo a CVM (Comissão de Valores Mobiliários), o parâmetro de referência deve ser compatível com a política do fundo, ou seja, não é possível utilizar o Ibovespa como benchmark de um fundo de renda fixa.

No caso dos fundos referenciados (que buscam acompanhar o retorno de um índice), a CVM estabelece que eles devem ter pelo menos 95% dos seus ativos aderentes ao benchmark.

Isso significa que, se o benchmark for a taxa DI, 95% das aplicações devem ter seu retorno como porcentagem dessa taxa.

Por outro lado, a Selic Over é utilizada como fator de rentabilidade do Tesouro Selic.

Calculadora de CDI

Caso você queira fazer simulações de investimentos na taxa DI, você pode usar nossa calculadora de investimentos. Dessa forma, você saberá quanto sua aplicação renderá em determinado período.

Dúvidas frequentes sobre o assunto

Vale a pena investir em CDI?

Quando falamos em investir em CDI, estamos nos referindo basicamente ao investimento em renda fixa que é indexado à taxa DI.

Nesse sentido, é muito importante ter uma parcela da nossa carteira de investimentos alocada em títulos de renda fixa, com diversos indexadores (CDI, Selic, inflação etc).

Isso porque, em tempos de crise, a renda fixa sustentará a rentabilidade da nossa carteira e, de modo geral, diminui a volatilidade das nossas aplicações.

Portanto, considere ter uma parte do seu patrimônio nesse tipo de investimento. Qual será o tamanho dessa parte? Vai depender dos seus objetivos e perfil de risco.

Para terminar, confira, no gráfico a seguir, um investimento hipotético de R$ 50 mil que acompanharia o CDI e outras referências: