Quer organizar a vida financeira? Então, aprenda como se livrar dos juros abusivos!
Artigo escrito por Larissa Rocha
em 21 de Agosto de 2024
Ao lidar com soluções de crédito, como um empréstimo, é importante estar sempre atento aos juros abusivos.
Por isso, para aprender como lidar melhor com o dinheiro, continue lendo para saber mais sobre taxas abusivas e como fugir delas para sair das dívidas.
Eles funcionam como uma compensação que os consumidores pagam as instituições financeiras por pegarem dinheiro emprestado.
Esse empréstimo funciona como um tipo de aluguel, em que os bancos cobram tarifas para compensarem o risco de emprestar dinheiro.
Algumas empresas, no entanto, aproveitam a vulnerabilidade do cliente e, como resultado, cobram taxas acima do valor considerado razoável e até “ético”.
Saber como calcular juros é importante para que você consiga desconfiar de valores altos. Então, quando o banco pratica uma taxa de juros acima do permitido pelo Banco Central, o consumidor pode recorrer.
Sendo assim, é importante que o consumidor saiba identificar as tarifas abusivas em seu contrato para que procure rever o documento e até ser ressarcido.
Para facilitar, basta acessar a Calculadora de Juros para te ajudar a saber o valor de forma mais simples.
O Código de Defesa do Consumidor (CDC) estabelece que as taxas devem ser razoáveis aos consumidores, proibindo a cobrança abusiva por parte das instituições financeiras.
De acordo com o Art. 51 do CDC, “São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que:
IV – estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas, que coloquem o consumidor em desvantagem exagerada, ou sejam incompatíveis com a boa-fé ou a equidade;
Em ambos os casos, a facilidade em obter o dinheiro e a falta de garantia elevam, e muito, os juros. Com isso, os bancos podem aproveitar dessa situação para praticar taxas abusivas.
Exemplos de juros abusivos
Para evitar pagar valores altos, confira a seguir algumas situações em que podem ocorrer.
Juros abusivos no cartão de crédito
As tarifas praticadas pelas operadoras de cartão de crédito sáo as mais altas do mercado.
As taxas cobradas pelo atraso ou parcelamento do cartão podem chegar em 839,18% ao ano.
Vale lembra que estamos falando do meio de pagamento mais usado pelos brasileiros. Além disso, do total de endividados hoje no Brasil, 78% deles possuem dívidas no cartão.
O parcelamento das compras e a possibilidade de pagamento mínimo da fatura pode se tornar uma bola de neve e te deixar em maus lençóis.
Por isso, é fundamental fazer o controle dos cartões de crédito e utilizar o planejamento financeiro como seu aliado!
Embora a lei do empréstimo consignado determine um teto de 2,08% a.m para o consignado público, quando o empréstimo é feito para funcionários da rede privada não existe limites.
Os bancos, normalmente, seguem o teto de juros praticada pelo mercado, como resultado, algumas instituições podem praticar excesso na cobrança.
A lei do empréstimo determina que o CET e prazo sejam informados ao consumidor no ato da contratação.
Dessa maneira fica mais fácil identificar, antes mesmo de assinar, se um contrato está valores excessivos ou não.
Outra modalidade que pode te deixar endividado, é o empréstimo pessoal. Como na contratação o banco não pede garantias de pagamento, as taxas tendem a ser maiores.
Além disso, existem diversos tipos de crédito dentro dessa modalidade, podendo ser contratada diretamente no caixa eletrônico, ou com o gerente do seu banco.
Seja qual for o caso, avalie bem a proposta, leia todos os detalhes, dessa forma será mais fácil perceber se está sendo enganado pela instituição.
Quando se fala de financiamento de veículos é comum que as pessoas façam financiamentos. Então, nesses casos, a própria financiadora pode cobrar juros no financiamento excessivo.
O financiamento de veículos é bem parecido com o crédito pessoal, com a diferença que, nesse caso, se o consumidor não cumprir com o acordo o veículo pode ser tomado.
Ainda assim, em muitos casos, o consumidor acaba pagando o dobro do valor do veículo ao final do contrato. Portanto, leia os termos com atenção antes de fechar algum acordo.
Ele deve conter o valor das tarifas praticadas, que é o Custo Efetivo Total, aplicadas no seu financiamento.
Em primeiro lugar, ao identificar o consumidor deve procurar o banco para tentar renegociar o contrato e fazer uma revisão dos juros.
Caso não consiga o refinanciamento pode tentar procurar um profissional para recorrer nos tribunais, pedindo a revisão do contrato e ressarcimento do valor pago.
Uma alternativa menos radical é procurar uma instituição que cobre taxas menores na modalidade escolhida, e dessa forma, fazer a portabilidade da sua dívida.
Vale a pena fazer portabilidade de crédito?
Mesmo que muitas pessoas não conheçam, a portabilidade de crédito é um direito do consumidor. Nela você pode transferir sua dívida de uma instituição para outra, diminuindo as taxas.
Por exemplo, suponha que você tem um contrato de financiamento com a instituição A e a instituição B está oferecendo melhores condições para um financiamento que você já tenha.
Então, nesse caso, você pode transferir sua dívida para a instituição B, quitando a dívida com a instituição A.
Quando você faz a portabilidade de crédito, é possível diminuir o tempo de quitação, o valor da parcela e até ter o valor da diferença em dinheiro.
Então é importante analisar bem, pesquisar novas propostas e entender o que faz mais sentindo dentro do seu orçamento, e assim, garantir o melhor negócio para você.
Dicas para organizar a vida financeira
A forma mais eficaz de garantir que a saúde das suas finanças esteja em dia é manter seu orçamento equilibrado. Por isso, separamos 3 dicas para você organizar sua vida financeira.
1. Pense bem antes de comprar
Gastos por impulso podem ser responsáveis por te deixar endividado. Portanto, pense bem antes de gastar, principalmente com compras parceladas.
A famosa ‘parcelinha' pode acabar pesando no seu bolso, quando feita por impulso. Isso porque, na hora de parcelar, a dívida pode parecer pequena, mas, quando somada a outras despesas, consome boa parte da sua renda.
2. Corte gastos desnecessários
Olhe bem para os seus gastos e pense no que poderia ser cortado sem que houvesse prejuízo no seu dia a dia. Por exemplo, se você costuma sair para jantar 3 vezes na semana, tente diminuir para 2.
Isso vale também para serviços de streaming. Tente intercalar as assinaturas, um mês para cada. Você pode fazer uma escala com os programas que quer assistir e manter o streaming a partir disso.
Se você quer acompanhar a nova temporada de uma série que a Netflix ou a Amazon Prime lançou esse mês, pode manter a assinatura somente dela, e no próximo mês passar para outro, conforme seus interesses.
3. Tenha objetivos e metas
Se você faz planos, metas e objetivos financeiros, economizar dinheiro se torna uma tarefa mais simples e prazerosa.
Contudo, seus objetivos devem ser alcançáveis e realistas. Dessa forma, dê prazo para alcançar aquilo que deseja e trace um planejamento para realizá-lo.
Assim, resistir a uma compra desnecessária ou por impulso não será tão difícil.
4. Utilize um gerenciador financeiro
Uma das dicas mais importantes na hora de organizar suas finanças é escolher uma ferramenta que lhe ajude a visualizar suas receitas e despesas e que lhe ajude a alcançar mais rápido os seus objetivos.
Conecte suas contas e cartões: Saiba para onde o seu dinheiro está indo com nossas integrações automáticas. Gerencie todos os seus gastos e evite o cheque especial, o empréstimo com maior taxa de juros do mercado;
Monte um planejamento financeiro: Faça orçamentos mensais e mantenha seus gastos sob controle. Defina alertas para evitar passar do seu limite de despesas;
Crie objetivos: Determine metas para alcançar os seus sonhos. Quer comprar uma casa, fazer uma viagem? Crie objetivos no app e realize os seus desejos.
É aí que entra o gerenciador financeiro da Mobills, o app de controle financeiro que já conta com mais 10 milhões de downloads.
Com a plataforma, é possível integrar contas bancárias e cartões, fazer o planejamento financeiro, criar metas e objetivos, entre outras funcionalidades, que lhe ajudarão de maneira direta no seu dia a dia.
Afinal, é realmente possível se livrar dos juros abusivos?
A resposta é sim! Conforme falamos ao longo desse artigo, existem possibilidades para melhorar as condições do seu contrato, seja procurando a portabilidade, negociando com o banco e até por vias judiciais.
O importante é sempre conhecer os detalhes do seu empréstimo, de preferência antes de assinar. Então, leia com calma, entenda as cláusulas e condições.
Dúvidas frequentes sobre juros abusivos
Qual a taxa de juros considerada abusiva?
A taxa de juros é considerada abusiva quando ultrapassa o limite do que é aceitável. Ou seja, quando há um valor muito alto de compensação.
O que diz a lei sobre os juros abusivos?
Apesar de no Brasil não existir um limite legal para a taxa de juros, o Código de Defesa do Consumidor (CDC) estabelece que as taxas devem ser razoáveis aos consumidores, proibindo a cobrança de juros abusivos por parte das instituições financeiras:
IV – estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas, que coloquem o consumidor em desvantagem exagerada, ou sejam incompatíveis com a boa-fé ou a equidade; (Art. 51 do CDC).
O que fazer quando cobram juros abusivos?
Ao receber uma cobrança com taxas de juros abusivos, a melhor alternativa é abrir uma Ação Revisional de Juros. Para isso, você deve recorrer ao Procon da sua cidade ou à Justiça comum.
Educadora Financeira na Mobills; formada em Economia pela Universidade Federal do Ceará; e estudante de Gestão de Negócios e Marketing. Possui experiência na área de marketing e criação de conteúdo com ênfase em educação financeira, comunicação de marketing, indicadores de marketing, mídias sociais, SEO e CRM.
Este site usa cookies e dados pessoais de acordo com nossa Política de Cookies e, ao continuar navegando neste site, você declara estar ciente dessas condições.