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Certificado de Depósito Bancário (CDB): tudo sobre o que é e como investir

O CDB é um dos investimentos mais famosos do Brasil. Por isso, você precisa conhecer tudo sobre seus riscos e sua rentabilidade!

Artigo escrito por Marcos Moraes em 28 de Fevereiro de 2024

Desde que o mundo é mundo, emprestar dinheiro a juros sempre foi uma das principais formas de multiplicar nossa riqueza.

Apesar das vantagens, não podemos esquecer que sempre corremos o risco de levar um calote.

Mas, será que existe alguma forma de emprestarmos nosso dinheiro com baixo risco de não o recebermos de volta?

Sim, existe e é através dos CDBs.

Hoje, nós vamos conhecer esse ativo, seus riscos e como investir no Certificado de Depósito Bancário.

No entanto, é importante ressaltar que não oferecemos orientações de compra nem expressamos necessariamente a opinião de nossa equipe sobre o ativo.

Nosso papel é apresentar o produto, enquanto a decisão de investir e como fazê-lo, bem como a identificação de riscos, cabe inteiramente a você!

Então, vamos nessa?

O que é CDB?

Os Certificados de Depósito Bancário, ou CDBs, são títulos de renda fixa emitidos por instituições financeiras para captar recursos.

Esses recursos podem ser usados para financiar suas atividades ou para fazer investimentos.

Por outro lado, o credor faz um investimento em um CDB com o objetivo de reavê-lo no vencimento acrescido de juros.

A lógica por trás dessa operação é que o banco espera alcançar uma rentabilidade maior com a aplicação do dinheiro captado do que a que o investidor conseguirá.

Essa diferença entre os juros que o banco ganha e os que ele paga é o seu lucro.

Apesar de terem características semelhantes, nem todos os CDBs são iguais. Isso porque a capacidade de pagamento vai variar de acordo com cada instituição.

O diferencial desse investimento é que existem opções com um baixíssimo risco de calote, o que faz com que esse ativo seja considerado seguro.

Agora, precisamos saber como investir em um CDB.

Como investir em CDB: passo a passo com 4 dicas

O processo de aplicar em um CDB é muito simples. Veja os passos a seguir:

1. Abra uma conta em uma corretora

Apesar de ser muito descomplicado fazer todo esse processo, você precisa levar alguns pontos em consideração.

Primeiro, escolha uma corretora de valores que tenha uma extensa lista de CDBs, pois, assim, será mais fácil escolher um que corresponda ao seu perfil e ao seu objetivo.

Um bom exemplo é a Toro Investimentos.

Toro Investimentos

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Serviços oferecidos Conteúdo educacional, recomendações, home broker e plataformas.
Principais produtos Bolsa de valores, títulos públicos e privados e fundos de investimento.
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Após isso, é muito importante que você verifique a qualidade da instituição para a qual você está emprestando seu dinheiro.

Não me refiro à corretora, ela é apenas a intermediária, mas à instituição financeira que emitiu o CDB.

Ao fazer essa verificação, você está avaliando o risco do título.

2. Transfira dinheiro para a corretora

Para fazer isso é muito simples, você só precisa fazer uma transferência para a sua conta na corretora de investimentos escolhida.

Vale ressaltar que a transferência precisa ser feita entre contas com o mesmo titular. Sendo assim, você não vai conseguir transferir dinheiro da conta do banco dos seus pais, por exemplo, para a sua conta na corretora.

3. Acesse a área de renda fixa da sua corretora

A terceira dica consiste em acessar a área de renda fixa da sua corretora. No entanto, é essencial entender se o nível de risco do investimento está compatível com o seu perfil.

Então, essa etapa não pode ser negligenciada. Pois, investir levando em consideração sua tolerância ao risco é a forma mais simples de ter tranquilidade com os ativos do seu portfólio.

4. Escolha o CDB que atende às suas necessidades

Em quarto e último lugar, confira se a rentabilidade e a liquidez estão de acordo com as suas necessidades.

Por exemplo, se você pretende fazer uma viagem daqui a um ano, você não pode aplicar em um CDB que tem liquidez superior a esse prazo.

Se tiver qualquer dificuldade ou dúvida, consulte um Assessor de Investimentos certificado disponibilizado pela Toro.

Certificado de Depósito Bancário (CDB): como funciona?

Pronto, agora que você já entendeu a definição básica de CDB e como investir nele, podemos nos aprofundar um pouco mais e entender alguns detalhes importantes.

Sempre que vamos avaliar a viabilidade de um investimento ou projeto, precisamos levar em consideração três fatores: retorno, risco e liquidez.

Claro, os critérios de avaliação vão variar de acordo com cada ativo, mas esses fatores precisam ser levados em consideração.

Como estamos falando de Certificados de Depósitos Bancários, vamos conhecer suas características para podermos avaliar esses fatores.

Rentabilidade

Como a maioria dos títulos de renda fixa, os CDBs podem ter três tipos de rentabilidade: prefixada, pós-fixada ou mista.

No caso da pós-fixada, o rendimento do título vai variar de acordo com o rendimento de um determinado índice.

Esse índice de referência pode ser a taxa DI, a Taxa de Longo Prazo ou até Taxa Básica Financeira.

O mais comum é encontrar CDBs que rendem uma porcentagem do CDI, ou seja, uma porcentagem da taxa DI.

Por exemplo, provavelmente você irá encontrar um título que renda 100%, 110%, 115% do CDI.

Além dessa, temos a taxa pré-fixada, que não varia durante todo o período, e a mista, que contém uma parte prefixada e outra pós-fixada.

Lembre-se que o mercado passa por oscilações e a rentabilidade final pode mudar conforme o cenário econômico

Período de carência

Uma outra característica do CDB é a possibilidade de resgatar antes do vencimento.

Caso você resgate antes do período mínimo, chamado de período de carência, você não ganha nenhuma rentabilidade.

Além disso, ao resgatar antes do vencimento, você o fará baseado no valor vigente no mercado no momento.

Então, nessa situação, há possibilidade de prejuízo.

Mas, todos os CDBs têm rentabilidade parecida? Não!

Aquelas instituições tidas como mais arriscadas, ou menos seguras, precisam oferecer um rendimento maior em seus títulos para atrair investidores.

Nesse sentido, se você quiser alcançar um maior retorno, precisa correr um pouco mais de risco. No entanto, avalie se isso é coerente com o seu perfil.

Segurança

O maior risco de quem investe em um CDB é o risco de crédito, que é a incerteza quanto ao recebimento do valor emprestado.

Como foi dito, o risco do CDB vai variar de acordo com a saúde do banco que o emite.

Quanto maior for o banco e mais sólido for o seu balanço, menor é a possibilidade de calote.

Portanto, é muito importante que você verifique os aspectos contábeis da instituição para a qual você vai emprestar seu dinheiro.

Contudo, não podemos esquecer da relação risco-retorno.

As instituições de grande porte não precisam oferecer grandes retornos para atrair investidores. Só as pequenas.

Por isso, ao desejar um retorno maior, precisamos estar dispostos a investir em um banco com um risco maior.

Entretanto, além da segurança da renda fixa, o CDB conta com cobertura do FGC.

O Fundo Garantidor de Crédito é uma associação civil que busca proteger investidores no âmbito do sistema financeiro nacional e prevenir o risco de uma crise bancária sistêmica.

Em outras palavras, é um mecanismo que garante aos clientes das instituições financeiras associadas a recuperação do patrimônio investido, no caso de falência.

Nesse sentido, caso haja uma falência do banco para o qual você emprestou dinheiro, você está assegurado em até R$ 250.000,00.

Liquidez

Por fim, mas não menos importante, vamos falar de liquidez. Esta significa a facilidade e a velocidade com que um ativo pode ser convertido em dinheiro.

A liquidez de um CDB não é única, cada um tem a sua.

Isso significa que você pode encontrar um CDB que pode ser resgatado no mesmo dia e um que só pode ser resgatado depois de cinco anos.

É muito importante que você alie a liquidez do ativo com os seus objetivos e metas.

Por exemplo, se você deseja deixar seu dinheiro aplicado por um bom tempo, não deve investir em um CDB que tem liquidez diária.

Isso porque você estaria deixando de alcançar um retorno maior que poderia ser alcançado caso você escolhesse um ativo com liquidez menor.

Sim, também existe uma relação liquidez-retorno.

Se uma instituição financeira quiser captar seus recursos e demorar mais para te devolver, ela precisa te oferecer um rendimento maior por isso.

Logo, se você quiser ter uma rentabilidade maior, pode optar por CDBs que tenham liquidez menor.

Imposto de Renda

 A tributação dos CDBs segue a tabela regressiva que é comum a maioria dos títulos de renda fixa.

É importante lembrar que a alíquota vai incidir somente sobre o rendimento, ou seja, sobre a diferença entre o valor aplicado e o valor final total.

Confira a tabela regressiva:

Tempo com o títuloAlíquota
Até 180 dias22,5%
De 181 a 360 dias20%
De 361 a 720 dias17,5%
A partir de 721 dias15%
Tabela regressiva do IR

Não se preocupe! Você não terá que fazer esses cálculos nem se preocupar em fazer o pagamento.

O imposto de renda devido é retido diretamente na fonte, e o valor que você recebe já é líquido de tributos.

Simulador de CDB

Você pode fazer várias simulações de aplicações em um CDB através do Simulador de Investimento da Mobills.

Dessa forma, você vai poder comparar vários CDBs entre si e um CDB com outros títulos de renda fixa.

Esteja atento, pois simuladores e calculadoras fazem projeções com base no cenário atual, que pode mudar a qualquer momento.

Além disso, é preciso ainda considerar os efeitos da inflação e dos impostos na rentabilidade final do produto escolhido, assim como outras taxas que possam haver.

Vantagens e desvantagens de investir em CDB

Agora que já sabemos todas as características principais de um CDB, precisamos conhecer seus prós e seus contras.

Sem dúvidas, a maior vantagem de se investir em um CDB é a previsibilidade dos retornos.

Como nos títulos de renda fixa é possível determinar o parâmetro de rentabilidade no momento da aplicação, conseguimos prever bem melhor os nossos retornos.

Por causa disso, os CDBs são menos arriscados que os investimentos em renda variável e têm uma volatilidade menor.

Dificilmente, você ganhará ou perderá muito em um CDB num curto espaço de tempo, pois a variação dos seus rendimentos é bem menor.

A última grande vantagem é o fato de que as perdas nesse tipo de investimento são limitadas.

Em raras exceções alguém perde tudo em um título de renda fixa. Pode até ter algum prejuízo ou até ter um rendimento menor que a inflação, mas perder tudo é difícil.

Por outro lado, a maior desvantagem dos CDBs está muito relacionada à última vantagem, seus ganhos também são limitados.

Como seu retorno sempre vai ser de acordo com um índice ou com uma taxa fixa, seus ganhos não podem ser muito maiores do que isso.

Além disso, pode existir um valor mínimo para uma aplicação inicial, impossibilitando que alguns investidores tenham acesso a alguns CDBs.

Por fim, a última desvantagem é que não existe isenção de Imposto de Renda. Sempre teremos que pagar um pouco do nosso rendimento na forma de tributos.

Dúvidas frequentes sobre o assunto

Naturalmente, pode ter restado alguma dúvida sobre o tema.

Então, vamos tentar abordar os assuntos complementares agora.

O que é CDB fácil?
Quanto é o IOF do CDB?
Quanto rende um CDB por mês?
Quanto rende 1 milhão no CDB?
O que rende mais: CDB ou Tesouro Direto?
CDB ou CDI qual é o melhor investimento?

Vale a pena investir em CDB?

A resposta para essa pergunta é um sonoro DEPENDE! Sim, depende. Depende dos seus objetivos e do seu perfil de risco.

Se você deseja construir uma renda de emergência, juntar dinheiro para viajar ou apenas ter uma parte do seu portfólio em renda fixa, o CDB é uma ótima opção.

Lembrando sempre que os CDBs não são iguais, alguns são emitidos por instituições mais seguras do que outros.

Por outro lado, se o seu objetivo é construir renda passiva ou simplesmente alcançar um retorno maior, existem alternativas melhores.

O ponto é: se você busca uma aplicação que seja segura, o CDB vale a pena sim.

Não esqueça de verificar se a liquidez do ativo está de acordo com suas necessidades.

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Escrito por Marcos Moraes Especialista em Investimentos

Marcos Vitor é consultor financeiro, economista (UFC), analista CNPI (APIMEC), especialista em investimentos (ANBIMA) e acredita no poder da educação financeira para transformar vidas.

  • Consultor financeiro
  • Economista (UFC)
  • Analista CNPI (n° 3772)
  • Especialista em Investimentos Anbima (CEA)
  • Criptomoedas (NovaDAX)

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