Após redução de taxas máximas de juros, bancos suspendem consignado

Ontem, 16 de março, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) anunciou que muitos bancos irão suspender as linhas de crédito consignado para aposentados e pensionistas do INSS.

A decisão foi tomada devido à redução das taxas máximas de juros da modalidade pelo CNPS (Conselho Nacional de Previdência Social), que passou de 2,14% para 1,7% em 13 de março.

Dessa forma, as instituições financeiras afirmam que não possuem condições de arcar com os custos dessa variante. Ou seja, há uma grande possibilidade de reduzirem a oferta de crédito consignado.

A seguir, confira o conteúdo para entender melhor. Boa leitura!

Bancos suspendem consignado após CNPS reduzir a taxa máxima de juros

Com a redução da taxa máxima de crédito consignado imposta pelo CNPS, os bancos defendem que haverá um impacto direto na atividade econômica do país, principalmente no consumo do brasileiro.

Afinal, os bancos privados são responsáveis por 89% dos empréstimos consignados. Assim, após a redução, Bradesco, Itaú, Pagbank e outras instituições anunciaram que vão suspender o consignado.

Em nota, a Febraban explicou melhor a decisão:

“Os patamares de juros fixados não suportam a estrutura de custos do produto e os novos tetos têm elevado risco de reduzir a oferta do crédito consignado, levando um público, carente de opções de crédito acessível, a produtos que possuem em sua estrutura taxas mais caras (produtos sem garantias), pois uma parte considerável já está negativada”

Instituições públicas, incumbidas de 11% do consignado, também suspenderão o serviço. Como do Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, que divulgaram a decisão na noite de quinta-feira (16).

De acordo com a Febraban, os bancos afirmaram que não têm condições de pagar os custos de captação de clientes com as novas taxas determinadas pelo Conselho Nacional de Previdência Social.

Redução da taxa de juros para consignado

Na última segunda-feira, 13 de março, o CNPS aprovou a redução da taxa máxima de juros para empréstimos consignados de 2,14% para 1,7% ao mês.

Segundo o Ministério da Previdência, essa diminuição iria beneficiar cerca de 8 milhões de pessoas. Entretanto, o Ministério da Fazenda havia alertado que essa decisão seria um “tiro no pé”.

O Ministério da Previdência tinha como objetivo ampliar a oferta de crédito, mas, resultou na redução das linhas do consignado em diversos bancos.

Vale ressaltar também que além da redução das taxas do empréstimo consignado, o CNPS também diminuiu as taxas de juros para o cartão de crédito consignado de 3,06% para 2,62% ao mês.