O Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa Selic em 1 ponto percentual (pp) nesta quarta-feira (29). Com a decisão, a nova taxa de juros passou de 12,25% para 13,25%, ao ano, e ficará vigente pelos próximos 45 dias.
A decisão, que já era esperada pelo mercado, veio após a primeira reunião do Copom com Gabriel Galípolo no comando do Banco Central, com o objetivo de controlar a inflação elevada.
Embora seja uma medida necessária, com os juros mais altos, espera-se uma redução no consumo e nos investimentos, pois há um aumento nos custos para consumidores e empresas, uma vez que a alta da Selic encarece o crédito.
Na prática, torna-se mais caro parcelar uma compra, conseguir um financiamento ou mesmo fazer um empréstimo.
Ao mesmo tempo, esse cenário, as opções de investimentos em renda fixa, como LCA, LCI e Tesouro Direto, se tornam mais atraentes, pois os investidores obterão rendimentos com uma maior taxa de retorno e um menor risco.
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O Comitê de Política Monetária (Copom) é o órgão do Banco Central que define a taxa básica de juros da economia – a Selic.
A decisão é tomada durante as reuniões do Copom, que acontecem a cada 45 dias, e tem o seu calendário definido ainda no primeiro semestre do ano anterior.
O Comitê é formado pelo seu Presidente do Banco Central e pelos seus diretores. Durante as reuniões, os membros assistem a apresentações técnicas e utilizam um amplo conjunto de informações para chegar a uma decisão.
As decisões do Copom são tomadas com o objetivo de que a inflação medida pelo IPCA situe-se em linha com a meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
Após definir a taxa Selic, o Banco Central passa a atuar para manter a taxa de juros próxima ao valor definido na reunião, por meio de operações de mercado aberto, comprando e vendendo títulos públicos federais.