Mudança no Pix deve ser anunciada pelo Banco Central

Para fortalecer a segurança do sistema contra fraudes e vazamento de dados, o Banco Central (BC) deve anunciar em breve mudanças no funcionamento do Pix.

As alterações devem ser comunicadas até o final deste ano e já foram debatidas pelo mercado e aprovadas pelo BC.

Entre os temas discutidos está o aumento da responsabilidade das instituições financeiras participantes em relação às regras de segurança, de modo que tente conter vazamento de dados.

Identificação contra fraudes e suspeita de conta laranja

A ideia é tornar a transação mais segura e transparente, por isso diversas medidas estão sendo avaliadas.

Entre elas também consta a criação de marcações específicas nas notificações de fraudes para suspeitas de uso de “conta laranja” e de falsidade ideológica.

O objetivo de fortalecer os mecanismos antifraude dos bancos tem sido uma das principais discussões nas mudanças de regras do Pix.

Ainda que os índices de fraudes no Pix seja considerado baixo, com uma média de ocorrências de 0,007% do total de transações, conforme informa o BC.

Histórico de fraudes no Pix

Em dois anos de criação do meio de pagamento, houve quatro incidentes de vazamento de dados relacionados a chaves Pix, todos, segundo o BC, devido a falhas de segurança pontuais no sistema dos participantes.

Na ocasião o ataque foi do tipo varredura, que ocorre quando o criminoso fica inserindo números no sistema do banco até acertar as chaves.

Diante do ocorrido, as alterações nas regras do Pix também asseguram que as instituições financeiras “marquem”, nas notificações obrigatórias de fraudes, os CPFs ou CNPJs em que haja suspeita com “etiquetas” específicas.

As principais contas que serão alvo de atenção do órgão regulador são principalmente as que obtiverem marcadores para conta “laranja” ou aluguel de conta.

Que em geral são de uso temporário dos criminosos, onde esses pagam para usar dados reais de outra pessoa na abertura do cadastro com o banco, sendo identificado como falsidade ideológica.

Velocidade no ressarcimento de valores às vítimas de golpes

Um tema bastante interessante que também foi levado para a discussão é sobre mudanças no Mecanismo Especial de Devolução (MED).

A proposta é que o processo de ressarcimento de valores às vítimas de golpes ou falhas operacionais ganhe mais agilidade após o comunicado às instituições.

Atualmente, se uma pessoa enfrenta um problema desta natureza, o mecanismo bloqueia apenas a primeira conta para a qual o dinheiro foi repassado.

Entretanto, se o criminoso transferir os valores para outros bancos imediatamente, a ferramenta não consegue mais detectá-lo.

Isso impacta diretamente nos resultados positivos de rastreio e resgate do dinheiro que são recuperados, que são de apenas 5%, conforme informa o grupo de trabalho de segurança do Fórum Pix.

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